Terra Atinge Primeiro Limiar Climático com Colapso de Recifes de Coral, Alertam Cientistas

Editado por: Tetiana Martynovska 17

Mais de cem cientistas internacionais convergiram para um alerta de extrema gravidade: o planeta ultrapassou seu primeiro ponto de inflexão climático, um marco definido pelo colapso acelerado dos recifes de coral de águas quentes. Este consenso, divulgado em meados de outubro de 2025, conforme noticiado pela imprensa, reflete as tensões acumuladas nos sistemas naturais da Terra, exacerbadas pela queima contínua de combustíveis fósseis e pelo consequente aumento das temperaturas globais.

O planeta já manifesta os efeitos do aquecimento com ondas de calor extremas, inundações devastadoras, secas prolongadas e incêndios florestais de proporções inéditas. Contudo, o estudo aponta os corais como os primeiros a cruzar um limite crítico. Com as temperaturas oceânicas atingindo picos históricos, o maior evento de branqueamento de corais desde 2023 foi documentado, afetando até 80 por cento da área recifal globalmente. O que era um vibrante ecossistema subaquático está se transformando em paisagens dominadas por algas e descoloração, um cenário que, segundo os autores, se tornará permanente sem uma interrupção imediata no aquecimento.

Tim Lenton, professor do Instituto de Sistemas Terrestres da Universidade de Exeter, enfatizou a proximidade perigosa de múltiplos pontos de inflexão no sistema terrestre, capazes de reconfigurar o mundo com consequências catastróficas para a humanidade e a biodiversidade. Mike Barrett, Conselheiro Científico Sênior do WWF no Reino Unido e coautor do relatório, declarou que os recifes foram empurrados além de seus limites de sobrevivência. Os cientistas estão quase totalmente certos de que a meta de limitar o aquecimento a 1,5 grau Celsius será ultrapassada, o que implica a perda da beleza e funcionalidade dos recifes, ecossistemas vitais para a segurança alimentar e barreiras naturais contra tempestades costeiras.

As projeções indicam que impactos exponencialmente piores se aproximam, incluindo o potencial colapso da Circulação Meridional do Atlântico (AMOC). Tal interrupção desregulamentaria padrões de monções e elevaria o nível do mar, gerando resfriamento em algumas áreas e aquecimento em outras. Manjana Milcinski, pesquisadora da Universidade de Oslo, salientou que a estrutura mundial não está preparada para mudanças tão abruptas e interligadas, pois as políticas atuais foram concebidas para transformações graduais. O relatório clama por uma redução drástica das emissões e pela implementação de estratégias de remoção de dióxido de carbono.

Este clamor científico ocorre um mês antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, no Brasil, em novembro de 2025. Este encontro é crucial, pois é a ocasião em que as nações devem estabelecer suas metas de redução de emissões para a próxima década. O reconhecimento da interconexão dos sistemas serve como um mapa de possibilidades, transformando o alerta sobre os corais em um impulso para a cooperação e a sustentabilidade global.

Fontes

  • TV3 Televizija

  • CNN

  • World Economic Forum

  • International Coral Reef Initiative

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