O objeto interestelar 3I/ATLAS tem capturado a atenção da comunidade astronômica global devido a uma série de características incomuns que desafiam as explicações convencionais, alimentando especulações sobre uma possível origem tecnológica ou inteligente.
Uma análise liderada pelo astrofísico Avi Loeb e seus colegas revelou que o 3I/ATLAS exibe uma aceleração não gravitacional extremamente baixa. Ao comparar essa medida com a perda de massa observada, os cientistas inferiram uma massa mínima para o objeto de cerca de 33 bilhões de toneladas, significativamente mais massivo do que qualquer cometa previamente registrado. Essa combinação de aceleração fraca e perda de massa substancial é considerada anômala, gerando discussões sobre suas origens.
O 3I/ATLAS também apresentou comportamentos inesperados ao se aproximar do Sol. Telescópios registraram um súbito aumento nas emissões de compostos exóticos e uma mudança dramática em sua cor, tornando-se um verde vibrante. Essa transformação foi acompanhada por uma extensão luminosa orientada em direção ao Sol, diferentemente da cauda típica de um cometa. Essas anomalias, combinadas com sua massa inesperada e ativação súbita, levaram alguns a considerar a hipótese de que o 3I/ATLAS poderia ser uma sonda fabricada ou um artefato tecnológico.
Loeb sugeriu que essas peculiaridades justificam uma consideração séria da hipótese tecnológica. Embora a NASA e a maioria dos astrônomos mantenham que explicações naturais são plausíveis, a natureza incomum do objeto continua a gerar debate. A comunidade científica está dividida, com alguns buscando explicações dentro dos modelos cosmológicos conhecidos e outros explorando as implicações de uma possível origem artificial.
O objeto é o terceiro visitante interestelar detectado, seguindo 'Oumuamua em 2017 e 2I/Borisov em 2019. A frequência crescente de detecções de objetos interestelares sugere que estamos entrando em uma nova era de exploração cósmica. A trajetória do 3I/ATLAS, sua composição química incomum – como a alta proporção de dióxido de carbono e a detecção de níquel – e sua atividade peculiar, como o brilho verde, o distinguem de cometas típicos, alimentando o mistério sobre sua verdadeira natureza.