As viagens de verão podem ser experiências entusiasmantes para os animais de estimação, mas as altas temperaturas representam um risco significativo para a sua saúde, afetando particularmente o seu bem-estar digestivo. Mudanças na rotina, acesso limitado à água ou o stress da viagem podem desencadear problemas intestinais. A exposição a parasitas ou a alimentos inadequados em locais de férias também pode agravar estas questões.
Manter o seu animal de estimação hidratado e saudável durante o tempo quente é fundamental. Garanta que ele tem sempre acesso a água fresca e limpa, trocando-a várias vezes ao dia. Adicionar cubos de gelo pode ajudar a manter a água mais fresca. Para incentivar a ingestão de líquidos, considere incorporar mais comida húmida na dieta do seu animal, especialmente para gatos, que podem ser mais seletivos quanto à ingestão de água. Alimentos leves e frescos, como frango cozido e arrefecido, peru ou peixe, são boas opções. Frutas e vegetais seguros, como melancia (sem sementes e casca), melão, maçãs (sem sementes e caroço), cenouras e pepinos, podem ser oferecidos como petiscos refrescantes e hidratantes, fornecendo vitaminas e fibras essenciais. Evite, contudo, alimentos gordurosos e pesados, pois podem causar distúrbios gastrointestinais no calor.
É crucial ajustar os horários de exercício, limitando a atividade física durante as horas mais quentes do dia. Opte por passeios no início da manhã ou no final da noite. Esteja atento a sinais de desconforto térmico, como ofegância excessiva, letargia, vómitos ou diarreia. Se notar estes sintomas, procure assistência veterinária prontamente, pois a insolação pode progredir rapidamente para uma condição de emergência.
A prevenção é a chave. Estar atento às necessidades do seu animal de estimação, especialmente durante os meses mais quentes, pode evitar sérios problemas de saúde e garantir que as suas aventuras de verão sejam seguras e agradáveis. Raças braquicefálicas, como Pugs e Bulldogs, são particularmente suscetíveis ao sobreaquecimento e requerem vigilância adicional. Estudos indicam que estes cães são mais de duas vezes mais propensos a sofrer de insolação em comparação com cães de focinho mais longo, devido às suas vias aéreas mais estreitas e focinhos mais curtos que afetam a sua capacidade de arrefecer através da respiração ofegante. A temperatura corporal de um cão que excede os 41°C pode levar a danos orgânicos graves e até à morte, sendo que a intervenção rápida é essencial.