Uma descoberta científica recente, publicada em março de 2025 por pesquisadores da Texas A&M University, confirmou que os bisões americanos no Parque Nacional de Yellowstone agora formam uma única e interligada população. Esta constatação representa um marco significativo na história da conservação desta espécie icônica, outrora à beira da extinção.
Historicamente, os bisões eram a espinha dorsal das vastas pradarias da América do Norte, com populações que outrora chegavam a dezenas de milhões. No entanto, a caça desenfreada levou a um declínio catastrófico, com números alarmantemente baixos, como os 541 indivíduos registrados em 1889. A posterior designação do bisão como mamífero nacional dos EUA em 2016 simboliza uma jornada de recuperação.
As implicações desta descoberta são vastas para a gestão e preservação da espécie. Em junho de 2025, o Serviço Nacional de Parques apresentou um plano de gestão revisado, visando manter a população de bisões entre 3.500 e 6.000 indivíduos. Uma estratégia central é a transferência de bisões para terras tribais, fortalecendo a conexão ancestral e apoiando práticas culturais nativas.
O papel ecológico dos bisões é fundamental para a saúde das pradarias. Estudos realizados na Estação Biológica Konza Prairie demonstram que a reintrodução desses grandes herbívoros não apenas dobra a diversidade de plantas, mas também aumenta a resiliência dos ecossistemas à seca. Ao pastar, os bisões promovem o crescimento de novas pastagens, enriquecem o solo e criam habitats diversos, atuando como engenheiros do ecossistema.
A colaboração com as tribos nativas americanas é vital para o sucesso contínuo desses esforços. Para muitas nações indígenas, o bisão é um elemento central de sua identidade cultural, espiritual e histórica. A reintrodução e gestão de bisões em terras tribais representam um passo poderoso para a revitalização de rituais sagrados e o fortalecimento de laços ancestrais.