Em 25 de agosto de 2025, os Estados Unidos anunciaram a imposição de tarifas e restrições de exportação direcionadas a países que aplicam impostos digitais, afetando principalmente empresas de tecnologia americanas na União Europeia, Canadá, Brasil e Coreia do Sul. O Presidente Donald Trump criticou essas medidas, considerando-as discriminatórias contra os gigantes tecnológicos dos EUA, declarando que não são mais "o cofrinho nem o capacho" do mundo. A administração também está considerando controles de exportação sobre tecnologias e semicondutores americanos.
Essa ação introduz um elemento de incerteza nos mercados de ações, impactando particularmente grandes empresas de tecnologia como Google e Meta Platforms. A incerteza em torno das tarifas da administração Trump e seu efeito na economia global tem levado a altos níveis de volatilidade no mercado de ações, com o índice Nasdaq Composite, focado em tecnologia, caindo significativamente. A imposição de tarifas pela administração Trump sobre países asiáticos, incluindo China, Taiwan e Coreia do Sul, tem afetado as cadeias de suprimentos de tecnologia, especialmente as de hardware. O anúncio intensifica os debates globais sobre tributação digital e regulamentação tecnológica.
Investidores estão acompanhando de perto as potenciais ações de retaliação e o impacto nas relações comerciais internacionais e no setor tecnológico global. A economia digital, impulsionada pela tecnologia, apresenta desafios para a tributação de mercados e empresas online em expansão, sem barreiras físicas. As legislações e políticas fiscais existentes lutam para garantir a tributação justa e eficaz de empresas multinacionais que operam digitalmente. O debate sobre a tributação digital está longe de terminar, com países buscando estender suas regras existentes para negócios digitais, tanto em impostos sobre consumo quanto em impostos de renda corporativa.
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem liderado negociações para adaptar o sistema tributário internacional, com o objetivo de combater a erosão da base tributária e a transferência de lucros (BEPS), especialmente com a Ação 1 focada nos desafios fiscais da economia digital. As novas restrições de exportação de semicondutores para a China, implementadas em outubro de 2022 e refinadas em 2023 e 2024, visam limitar o acesso da China a tecnologias avançadas de semicondutores. Essas medidas, que incluem restrições à exportação de unidades de processamento gráfico (GPUs) avançadas e equipamentos de fabricação de chips, também proíbem pessoas americanas de apoiar instalações de chips chinesas avançadas. A eficácia desses controles depende da cooperação de aliados-chave dos EUA, como Japão e Holanda, que possuem fabricantes críticos de equipamentos de semicondutores. Sem políticas internacionais alinhadas, as ações unilaterais dos EUA enfrentam limitações significativas, pois a China pode obter tecnologias restritas através de países terceiros ou fornecedores alternativos.
O impacto econômico nos mercados de ações de tecnologia tem sido considerável. Empresas como Apple e Nvidia enfrentaram quedas nos preços das ações devido a custos crescentes e interrupções na cadeia de suprimentos. A incerteza gerada pelas tarifas e a possibilidade de retaliação por parte de outros países criam um ambiente volátil para o setor de tecnologia, exigindo que empresas e investidores adaptem suas estratégias para navegar neste cenário geopolítico em constante mudança.