Os mercados asiáticos apresentaram um desempenho misto em 21 de agosto de 2025, com investidores focados no simpósio de Jackson Hole, onde o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fará um discurso aguardado. O dólar americano manteve-se estável, abaixo de uma máxima de uma semana, enquanto os banqueiros centrais globais buscam pistas sobre um possível corte nas taxas de juros em setembro.
No Japão, o índice Nikkei caiu 0,6%, refletindo a pressão sobre as ações de tecnologia e um sentimento cauteloso do mercado. A atividade fabril japonesa contraiu pelo segundo mês consecutivo em agosto, conforme indicado pelo índice PMI. Em contraste, a Coreia do Sul viu seu índice KOSPI subir 0,9%, impulsionado pelo forte desempenho das ações de tecnologia, incluindo um salto de 4% na Advantest Corp. A Austrália atingiu um novo recorde histórico em seu índice de referência, com uma alta de 0,6%, impulsionada por dados de PMI robustos e ganhos no setor bancário.
Os mercados chineses mostraram um quadro misto: as ações blue-chip CSI 300 subiram 0,5%, atingindo o nível mais alto desde agosto de 2015, impulsionadas por fluxos de fundos e otimismo em torno de possíveis estímulos econômicos. No entanto, o índice Hang Seng de Hong Kong permaneceu praticamente inalterado, com uma leve queda de 0,1%.
Os futuros das ações dos EUA indicaram uma abertura em baixa, com os futuros do Nasdaq em queda de 0,2% e os do S&P 500 em queda de 0,1%. O sentimento geral do mercado permanece cauteloso, com dúvidas sobre a disposição do Fed em adotar uma política monetária mais flexível. Atualmente, os traders precificam uma probabilidade de 80% de um corte nas taxas em setembro. No entanto, a incerteza em torno da inflação e do mercado de trabalho dos EUA adiciona complexidade às decisões futuras do Fed.
A inflação ao consumidor (CPI) nos EUA permaneceu estável em 2,7% em julho, abaixo das expectativas, mas a inflação subjacente continuou acima da meta de 2% do Fed. Os próximos relatórios de empregos e inflação serão cruciais para a decisão do Fed em sua reunião de setembro, marcada para os dias 16 e 17. O dólar americano, medido pelo índice DXY, mostrou alguma força, subindo 0,03% para 98,2859, mas manteve-se abaixo de uma máxima de uma semana. Analistas esperam que o índice DXY atinja 98,46 até o final do trimestre atual e 100,30 em 12 meses, indicando uma perspectiva de fortalecimento gradual da moeda americana em meio a um cenário global de incertezas econômicas e políticas monetárias.