Bitcoin Estabiliza em US$ 93 Mil em Meio a Cortes na Taxa do Fed e Avanço Regulatório da Gemini

Editado por: Yuliya Shumai

Na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos efetuou seu terceiro corte consecutivo na faixa-alvo da taxa de fundos federais, reduzindo-a em 25 pontos-base. O novo patamar estabelecido ficou entre 3,5% e 3,75% ao ano. Essa decisão, emanada do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), estava em linha com as expectativas consensuais dos analistas de mercado. Contudo, o comunicado veio acompanhado de ressalvas sobre a persistente incerteza nas projeções econômicas e a elevação dos riscos observados no mercado de trabalho.

A resposta do mercado de criptomoedas a essas alterações na política monetária foi bastante mista. Inicialmente, o Bitcoin (BTC) sofreu um revés, caindo para a marca de US$ 89.000 logo após o anúncio. No entanto, a moeda digital demonstrou resiliência, recuperando-se e sendo negociada em torno de US$ 93.000 na quinta-feira, 11 de dezembro de 2025. Especialistas sugerem que essa recuperação indica uma estabilização, embora também aponte para uma possível diminuição da influência que o afrouxamento da política do Fed exerce sobre os ativos digitais. Em contraste, as altcoins apresentaram sinais de enfraquecimento; por exemplo, a Avalanche (AVAX) registrou uma queda de 10,20% no período de sete dias.

Enquanto isso, os índices acionários americanos apresentaram um desempenho variado. O S&P 500 encerrou o dia com um leve ganho, e o índice DJIA avançou 1,3%. Paralelamente, o índice do dólar americano (DXY) atingiu seu ponto mais baixo desde meados de outubro. Essa divergência no mercado de ações reflete um cenário macroeconômico complexo, onde o estímulo monetário parece ter um impacto desigual sobre as diferentes classes de ativos.

O mercado de metais preciosos, por sua vez, experimentou um verdadeiro rali. Em 12 de dezembro de 2025, a prata atingiu um pico histórico, superando a cotação de US$ 64 por onça troy. No mesmo dia, o preço à vista da prata foi cotado a US$ 63,87 por onça, marcando um impressionante aumento de aproximadamente 90% ao longo do ano. O ouro também consolidou sua força, aproximando-se da marca de US$ 4.300 por onça, alcançando seu nível mais alto em sete semanas. Analistas atribuem a valorização da prata à desvalorização do dólar, à robusta demanda industrial e à inclusão do metal na lista de minerais críticos dos Estados Unidos.

Em paralelo aos movimentos macroeconômicos, o setor de criptoativos recebeu um impulso regulatório significativo. No dia 10 de dezembro de 2025, uma subsidiária da Gemini, a Gemini Titan, obteve a licença de Designated Contract Market (DCM) concedida pela Commodity Futures Trading Commission (CFTC) dos EUA. Este processo de licenciamento, que se iniciou em março de 2020, levou cerca de cinco anos para ser concluído. A obtenção do status DCM capacita a Gemini Titan a lançar mercados de previsão regulamentados para clientes sediados nos Estados Unidos. Segundo Cameron Winklevoss, presidente da empresa, este feito comprova a disposição das autoridades reguladoras americanas em legitimar o segmento de mercados de previsão.

Adicionalmente, o Fed divulgou suas projeções macroeconômicas atualizadas. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para 2025 foi revisado para cima, passando de 1,6% para 1,7%. Já a estimativa de inflação PCE para o mesmo ano foi ligeiramente reduzida, de 3,0% para 2,9%. O próximo encontro do FOMC está agendado para 28 de janeiro de 2026. Em síntese, o mercado demonstra um quadro de divergência, onde os avanços regulatórios no ecossistema cripto e o fortalecimento de ativos de refúgio contrastam com a desaceleração do impacto do estímulo monetário sobre as principais criptomoedas.

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Fontes

  • Yahoo! Finance

  • Unchained Crypto

  • Crux Investor

  • Morningstar

  • CryptoPotato

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