Em 22 de outubro de 2025, o Bitcoin (BTC) exibia uma notável estabilidade no mercado de criptoativos, negociando a US$ 108.275, representando um modesto avanço de 0,28% sobre o fechamento anterior. Este período de calma se estabeleceu logo após o ativo digital ter estabelecido um novo recorde histórico no início do mês, atingindo um pico de US$ 126.198 em 6 de outubro de 2025. A movimentação de preço no dia da apuração refletiu uma faixa de negociação entre a mínima de US$ 107.538 e o topo de US$ 113.925, indicando uma fase de ajuste fino após a euforia da máxima.
Analistas interpretam este comportamento como uma reorganização de capital, e não um sinal de estagnação. Observa-se que operadores de curtíssimo prazo estão realizando lucros, o que é evidenciado pelo aumento dos fluxos de BTC para as plataformas de negociação em janelas de 0 a 1 dia. Em contraste, a base de investidores de longo prazo mantém suas posições com pouca ou nenhuma transação, um sinal de confiança na solidez fundamental do ativo. Essa firmeza dos detentores de longo prazo sugere que o mercado está em um processo de maturação, onde as realizações pontuais não significam um abandono da visão de valor futuro.
A resiliência do Bitcoin é notável, mesmo após uma correção de mais de 10% desde o seu pico. Esse suporte é sustentado por um apetite institucional contínuo, com fluxos significativos registrados em ETFs de Bitcoin nos EUA, somando US$ 5,96 bilhões em nove dias consecutivos antes da recente correção. Além disso, houve uma realização de lucros significativa no início de outubro, com traders liquidando cerca de US$ 1,8 bilhão em um único dia, um volume visto por alguns como uma rotação de capital saudável.
O próximo catalisador potencial para o mercado reside na política monetária do Federal Reserve. Há uma alta probabilidade de corte na taxa de juros na reunião agendada para 28 e 29 de outubro, com o consenso do mercado apontando para uma redução de 0,25 ponto percentual, levando a taxa para a faixa de 3,75% a 4,00%. Historicamente, taxas mais baixas favorecem ativos de risco, e a expectativa de afrouxamento pode injetar novo vigor no mercado. A consolidação atual é vista, portanto, como o período necessário para absorver a energia do movimento ascendente anterior, preparando o terreno para uma nova fase de expansão.