A icônica fotografia de David Bowie com o famoso raio no rosto, que ilustra a capa do álbum "Aladdin Sane" de 1973, está prestes a se tornar a arte de álbum mais cara já vendida em leilão. A expectativa é que a imagem alcance cerca de £300.000, superando o recorde anterior de £240.000 estabelecido pela capa do álbum de estreia do Led Zeppelin em 2020.
A sessão de fotos, realizada em janeiro de 1973 pelo fotógrafo Brian Duffy em seu estúdio em Londres, é considerada um dos momentos mais marcantes da carreira de Bowie e um símbolo da era glam rock. A imagem, descrita como a "Mona Lisa do Pop", captura a essência da reinvenção artística de Bowie. O leilão, que ocorrerá na Bonhams de 22 de outubro a 5 de novembro de 2025, apresentará 35 itens do arquivo de Brian Duffy relacionados a David Bowie.
Além da fotografia principal, o lote inclui o banquinho onde Bowie se sentou durante a sessão de fotos, a câmera Hasselblad 500C utilizada por Duffy e uma das duas únicas folhas de contato existentes daquela sessão. O próprio Duffy, um dos fotógrafos influentes da "Swinging Sixties", colaborou com Bowie em várias outras capas de álbuns, incluindo "Lodger" e "Scary Monsters (and Super Creeps)".
A arte original para a capa interna do álbum, com Bowie em corpo inteiro como Aladdin Sane, que foi um encarte nas primeiras 5.000 cópias do disco, também estará à venda com uma estimativa entre £150.000 e £200.000. Claire Tole-Moir, chefe do departamento de cultura pop da Bonhams, destacou que a imagem de Bowie por Duffy é a que mais vem à mente quando se pensa no artista, e que a obra original tem potencial para quebrar todos os recordes em seu gênero. A qualidade da impressão dye transfer, um processo caro e de alta qualidade para a época, contribui para o valor e a longevidade da imagem.
Esta fotografia icônica não se limitou apenas à capa do álbum; ela tem sido exibida globalmente, sendo uma peça central da exposição "David Bowie Is" do Victoria & Albert Museum, que atraiu milhões de visitantes em cidades como Toronto, Chicago, Berlim, Nova York e Tóquio. A exposição, que celebrou os 50 anos de "Aladdin Sane" em 2023 e terminou em Londres, também destacou a imagem, com o filho do fotógrafo, Crispin Duffy, descrevendo-a como "o retrato definitivo do músico pop".
A história por trás do icônico raio no rosto de Bowie é fascinante; originalmente um pequeno emblema na bochecha, foi Duffy quem o ampliou com batom, criando a imagem que se tornaria imortal. A colaboração entre Bowie e Duffy não foi apenas um marco na fotografia, mas também um reflexo da vibrante cena cultural dos anos 70, influenciando música, moda e arte. Representa uma oportunidade única para colecionadores e fãs possuírem um pedaço da história de duas lendas da cultura.