Trazer um novo filhote para casa é um momento de grande alegria, mas que exige preparação e expectativas realistas para garantir uma convivência harmoniosa. Especialistas enfatizam a importância de permitir que o animal se adapte gradualmente ao novo ambiente, evitando treinamentos intensivos logo de início. Assim como cães resgatados adultos podem levar tempo para revelar suas personalidades, filhotes também necessitam de um período de transição.
Comandos básicos como "senta" e "vem" são fundamentais. O "senta" ajuda a acalmar o cão e a gerenciar comportamentos indesejados, enquanto o "vem" é crucial para a segurança, especialmente em locais com movimento. A socialização precoce, idealmente entre 3 e 14 semanas de idade, é um pilar para o desenvolvimento de um cão confiante e bem-ajustado. Estudos indicam que filhotes expostos a diversas experiências sociais nos primeiros quatro meses de vida têm menor incidência de problemas de ansiedade. Essa exposição controlada a diferentes pessoas, ambientes e sons funciona como uma "vacina comportamental", prevenindo medos e reações exageradas na vida adulta.
A mordida e o "mouthing" são comportamentos naturais em filhotes, mas que precisam ser corrigidos. Se o filhote morder com muita força, a brincadeira deve ser interrompida imediatamente, ensinando que a diversão cessa quando ele morde em excesso. A mastigação excessiva, comum devido à dentição ou tédio, pode ser gerenciada com brinquedos apropriados e redirecionamento do comportamento.
Buscar ajuda profissional é recomendado quando necessário. Comportamentos perigosos ou mordidas exigem a orientação de um treinador qualificado. A intervenção precoce facilita o treinamento e garante a segurança de todos. O adestramento do filhote, com paciência e a orientação correta, pode ser uma jornada recompensadora de aprendizado mútuo.