A Universidade Nacional de Río Negro (UNRN) formalizou a criação do Observatório de Educação Alimentar (OdEA) em seus polos de Alto Valle e Valle Medio. Esta iniciativa estratégica visa impulsionar uma mudança social profunda na abordagem da nutrição e dos hábitos alimentares pelas populações. O OdEA não se limita a uma atuação local, mas ambiciona estabelecer-se como um centro de referência em escala regional, nacional e, potencialmente, internacional.
O núcleo da missão do observatório reside no reconhecimento da nutrição humana como um fenômeno complexo, dotado de vasto potencial educacional e inovador. A iniciativa é liderada pela Dra. Nora Bahamonde, cuja pesquisa na área de educação alimentar começou em 2010. O OdEA dedicar-se-á a mapear e divulgar projetos educacionais que demonstrem eficácia na melhoria da alimentação, abrangendo tanto ambientes formais quanto informais de ensino.
A força motriz do OdEA é sua estrutura intrinsecamente multidisciplinar. A equipe conta com a colaboração de nomes como o Dr. Eduardo Lozano, além de pesquisadores como Juan Carlos Pintos, Laura Dillon e Marina Alejandra Henríquez. A iniciativa integra ativamente estudantes de Biologia, Odontologia e Engenharia de Alimentos, construindo uma rede de conhecimento robusta para abordar o tema.
A apresentação oficial do observatório está programada para o dia 17 de outubro de 2025, em General Roca. Este evento coincidirá com a Conferência Regional de Ensino de Biologia, sugerindo uma intenção de integrar as metodologias e descobertas do OdEA diretamente no debate educacional regional mais amplo.
A criação de observatórios como o OdEA responde à necessidade contemporânea de converter dados em ação prática e consciente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem reiterado a importância de intervenções baseadas em evidências para combater o aumento de doenças crônicas não transmissíveis, frequentemente ligadas a padrões alimentares inadequados. Ao priorizar a educação como motor de transformação, o OdEA alinha-se à urgência global de reorientar o consumo para práticas mais promotoras de bem-estar integral e sustentáveis.