Os Estados Unidos enfrentam uma paralisação parcial do governo federal a partir de 1º de outubro de 2025, após o Congresso falhar em aprovar as dotações orçamentárias essenciais para o novo ano fiscal. Esta paralisação é a primeira interrupção no financiamento federal em quase sete anos e a terceira durante a administração do Presidente Donald Trump. O impasse decorre de profundas divergências políticas entre republicanos e democratas sobre prioridades orçamentárias, com os republicanos defendendo cortes em programas considerados ineficientes e os democratas buscando a preservação de serviços de saúde e sociais.
A paralisação, que começou à meia-noite de 1º de outubro, afeta agências e departamentos federais. Estima-se que cerca de 750.000 funcionários federais possam ser colocados em licença não remunerada ou trabalhar sem pagamento imediato, dependendo de suas funções serem consideradas essenciais. O custo diário estimado da folha de pagamento para esses funcionários é de aproximadamente US$ 400 milhões. A paralisação impacta uma vasta gama de serviços públicos, incluindo parques nacionais, programas de nutrição essenciais e outras funções vitais, interrompendo a continuidade das operações governamentais.
Historicamente, paralisações governamentais podem exercer pressão considerável sobre a economia dos EUA. A paralisação de cinco semanas em 2018-2019 resultou em uma perda econômica estimada de US$ 11 bilhões, com US$ 3 bilhões considerados irrecuperáveis. Analistas sugerem que cada semana de paralisação pode reduzir o crescimento econômico em 0,1 a 0,2 pontos percentuais. Embora serviços essenciais como o Serviço Postal e os benefícios da Previdência Social continuem, muitas outras funções, como inspeções rotineiras de alimentos e medicamentos e alguns processos de passaporte, são suspensas.
As negociações no Congresso estão em andamento para encontrar uma resolução. A duração e a extensão total do impacto da paralisação dependerão do resultado dessas discussões críticas. O cenário político já vivenciou impasses semelhantes, com paralisações significativas ocorrendo em 1995-1996 (21 dias), 2013 (16 dias) e custou à economia aproximadamente 24 bilhões de dólares e a mais longa registrada, de 35 dias, de dezembro de 2018 a janeiro de 2019. A situação atual ressalta os desafios contínuos em equilibrar responsabilidades fiscais com a prestação de serviços públicos.
A paralisação de 2018-2019, por exemplo, custou à economia americana pelo menos US$ 11 bilhões, com cerca de 380.000 funcionários federais sendo colocados em licença e outros 420.000 trabalhando sem pagamento garantido. A polarização política tem afetado o processo orçamentário, forçando frequentemente os legisladores a aprovar resoluções contínuas para financiar temporariamente o governo. A falta de acordo sobre a legislação de financiamento leva a uma paralisação governamental após o término do período de financiamento anterior. A paralisação de 2018-2019, a mais longa da história recente dos EUA, durou 35 dias. A paralisação atual, a vigésima primeira na história moderna dos EUA, destaca a complexidade da governança em um ambiente politicamente dividido, onde a busca por um consenso orçamentário se torna um exercício de equilíbrio entre prioridades conflitantes e a manutenção da funcionalidade governamental.