EUA Vetam Resolução do Conselho de Segurança da ONU por Cessar-Fogo em Gaza

Editado por: S Света

Os Estados Unidos exerceram seu poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas em 18 de setembro de 2025, bloqueando uma resolução que solicitava um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza. A proposta, apresentada por dez membros eleitos do conselho, obteve 14 votos a favor, com os EUA sendo o único voto contrário. Esta ação marca a sexta vez que os EUA vetam uma resolução semelhante desde o início do conflito Israel-Hamas, há quase dois anos.

A resolução vetada exigia também a libertação incondicional de todos os reféns detidos pelo Hamas e outros grupos, além de apelar pela suspensão imediata de todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em Gaza. A situação humanitária no enclave foi descrita como catastrófica, com relatos de fome generalizada por agências da ONU.

A representante dos EUA, Morgan Ortagus, justificou o veto argumentando que a resolução falhava em condenar o Hamas e em reconhecer o direito de Israel à autodefesa. Segundo Ortagus, o texto "legitimava indevidamente as falsas narrativas que beneficiam o Hamas". Ela também questionou a metodologia por trás das declarações de fome em Gaza.

O conflito, iniciado em 7 de outubro de 2023, resultou em mais de 65.000 palestinos mortos e milhares de feridos. A fome em Gaza foi oficialmente declarada, com centenas de milhares de pessoas enfrentando privação extrema de alimentos. O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, criticou a resolução por não garantir a libertação de reféns nem a segurança regional, mas destacou a parceria EUA-Israel.

A decisão dos EUA ocorre em um momento de crescente isolamento diplomático, com aliados importantes esperados a reconhecer um Estado palestino na próxima Assembleia Geral da ONU. A postura dos EUA, que historicamente oferece proteção diplomática a Israel, tem sido um ponto de tensão, com críticas de que o apoio à autodefesa israelense ignora a grave crise humanitária e a necessidade urgente de um cessar-fogo.

Fontes

  • EconoTimes

  • Al Jazeera

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