Neste 7 de outubro de 2025, marca-se o segundo aniversário dos ataques de 7 de outubro de 2023, que desencadearam um conflito devastador entre Israel e Gaza. O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, fez um apelo urgente pelo fim das hostilidades e pela busca de uma resolução pacífica, enfatizando a necessidade de um cessar-fogo permanente e de um processo político credível para evitar mais perdas de vidas. Guterres reafirmou o compromisso da ONU em apoiar a paz e honrar a memória de todas as vítimas, trabalhando para um futuro onde israelenses, palestinos e todos os povos da região possam viver em segurança e dignidade.
Paralelamente, o ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou uma proposta de paz para Gaza com o objetivo de encerrar o conflito. O plano, anunciado em setembro de 2025, propõe a criação de uma zona desmilitarizada, a destruição de infraestrutura militar e terrorista, e o fomento à reconstrução e desenvolvimento econômico para os residentes de Gaza. Medidas de segurança de fronteira e prevenção de ameaças futuras também estão incluídas. O plano visa um cessar-fogo imediato, a troca de reféns por prisioneiros palestinos, a retirada gradual das tropas israelenses, o desarmamento do Hamas, a administração externa temporária da Faixa de Gaza e o destacamento de forças internacionais de estabilização. Israel expressou acordo com a proposta de Washington.
A proposta de Trump gerou reações diversas na comunidade internacional. Diversos países, incluindo Egito, Jordânia, Catar, Arábia Saudita, Turquia, Emirados Árabes Unidos, França, Alemanha e Reino Unido, manifestaram apoio à iniciativa. O Hamas declarou-se pronto para libertar todos os reféns e transferir o controlo do setor para um órgão tecnocrático palestiniano independente, embora não mencione diretamente o desarmamento. O Presidente Trump expressou confiança no progresso das negociações, observando que o Hamas concorda com detalhes importantes do plano de paz, e declarou a sua intenção de alcançar uma paz abrangente no Médio Oriente, e depois abordar a resolução do conflito na Ucrânia. Contudo, o Hamas demonstrou reservas em relação a alguns pontos, notadamente o desarmamento, tornando a implementação do plano um processo complexo. Guterres descreveu a proposta de Trump como uma "oportunidade que deve ser aproveitada para trazer este trágico conflito ao fim".
A segunda data de aniversário dos eventos de 7 de outubro também foi marcada por eventos de luto. Em Londres, milhares de judeus reuniram-se na Trafalgar Square para homenagear a memória das vítimas do ataque do Hamas. O Ministério da Defesa de Israel publicou dados sobre as perdas nas forças de segurança do país desde o início da guerra, totalizando 1152 pessoas. Os ataques de 7 de outubro de 2023 resultaram na morte de aproximadamente 1.200 pessoas em Israel, majoritariamente civis, e no sequestro de 251 indivíduos, dando origem a uma ofensiva militar israelense em Gaza. Segundo o Ministério da Saúde em Gaza, mais de 67.000 palestinos foram mortos até junho de 2024, com cerca de metade sendo mulheres e crianças. A magnitude da destruição em Gaza gerou uma crise humanitária de proporções inéditas, com a maioria da população deslocada e enfrentando severas carências.
A situação em Gaza permanece desafiadora, com negociações em curso para alcançar uma paz duradoura. A comunidade global acompanha os desdobramentos com expectativa, na esperança de que iniciativas como a de Trump possam efetivamente contribuir para uma resolução pacífica e sustentável. A necessidade de um processo político robusto, que assegure a segurança e a dignidade de todos os envolvidos, continua sendo o foco principal para a construção de uma paz genuína na região.