Líderes políticos da Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales instaram o Primeiro-Ministro do Reino Unido, Keir Starmer, a impor sanções imediatas contra Israel. Em uma carta conjunta, os políticos expressaram profunda preocupação com o apoio contínuo do governo britânico às ações de Israel em Gaza, pedindo o fim das vendas de armas e uma investigação independente sobre supostos crimes de guerra. A crise humanitária em Gaza, marcada por um número alarmante de vítimas civis e deslocamentos em massa, foi destacada como o pano de fundo para essas exigências.
Paralelamente, a França enfrenta um potencial revés diplomático com Israel. O Ministério das Relações Exteriores francês manifestou preocupação com a decisão de Israel de fechar seu consulado em Jerusalém, uma medida que se seguiu ao reconhecimento da Palestina pela França. A mídia israelense relatou que o Ministro das Relações Exteriores, Gidion Sa'ar, ordenou o fechamento do consulado francês em Jerusalém, citando o apoio da França à condição palestina e acusando o consulado de desafiar as políticas israelenses.
Em um desenvolvimento relacionado, o fundo soberano da Noruega anunciou a desvinculação de seis empresas israelenses que operam em territórios ocupados. Essa decisão, baseada em relatórios de organizações de direitos humanos e internacionais que acusam essas empresas de apoiar atividades militares israelenses e participar de ataques na Cisjordânia, reflete uma postura europeia mais ampla em relação ao conflito e seu impacto humanitário. O fundo, com ativos estimados em cerca de 2 trilhões de dólares, continuará a avaliar as empresas israelenses trimestralmente para garantir a conformidade com os padrões éticos.
As estatísticas apresentadas pintam um quadro sombrio da situação humanitária em Gaza, com mais de 61.722 palestinos mortos ou feridos até 13 de agosto de 2025, uma maioria composta por mulheres e crianças. Mais de 1.9 milhão de pessoas foram deslocadas, e centenas de milhares foram forçadas a se deslocar repetidamente. Esses números sublinham a gravidade da crise e a urgência das chamadas por ação internacional.
Ações como essas demonstram um movimento crescente entre as nações europeias para priorizar o direito internacional e os direitos humanos em suas políticas externas, especialmente no que diz respeito ao conflito israelense-palestino. A situação levanta questões cruciais sobre a eficácia das sanções, o potencial para escalada diplomática e o papel da comunidade internacional na busca por uma resolução para o conflito e no alívio da crise humanitária.