Em 16 de junho, o Ministério das Relações Exteriores do Irã anunciou que seu parlamento está considerando um projeto de lei que pode levar à retirada do país do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
Esmaeil Baghaei, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, afirmou que a nação tomaria uma “decisão pertinente” à luz dos acontecimentos recentes. O governo deve implementar projetos de lei parlamentares, mas a proposta está sendo preparada e será coordenada com o Parlamento em etapas posteriores, acrescentou Baghaei.
O anúncio ocorre em meio à escalada de ataques entre Irã e Israel, com Israel visando o que afirma serem instalações nucleares. Isso ocorreu durante as negociações em andamento entre Irã e Estados Unidos, que agora parecem estar paralisadas. Israel também está mirando em autoridades militares, cientistas nucleares e membros da inteligência.
Baghaei enfatizou que tais eventos “naturalmente afetam as decisões estratégicas do Estado”. Ele também observou que o “regime sionista é o único possuidor de armas de destruição em massa na região”. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, reiterou que as armas nucleares são contra um édito religioso do Líder Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
O embaixador do Irã na AIEA, Reza Najafi, exigiu que a agência condenasse Israel por seus ataques ao programa nuclear iraniano. Najafi afirmou que o conselho da AIEA deve condenar a agressão israelense nos termos mais fortes e responsabilizá-la.