Uma equipe de pesquisadores da Universidade Soochow, na China, desenvolveu células solares de perovskita com uma eficiência de conversão de 42% sob luz ambiente interna, um marco significativo para a energia solar em ambientes fechados.
Esta inovação aborda a crescente demanda por fontes de energia sustentáveis para dispositivos da Internet das Coisas (IoT), que frequentemente dependem de baterias com vida útil limitada. As novas células utilizam uma técnica de "monocamada auto-montada interligada híbrida" para melhorar a ligação entre a monocamada e o substrato, resultando em maior eficiência e uma vida útil de até 6.000 horas. Em testes, as células foram capazes de alimentar um LED e um display de preço eletrônico.
Comparativamente, células solares de perovskita tradicionais convertem cerca de 30% da luz solar, com uma vida útil de aproximadamente 30 meses, enquanto painéis de silício comuns convertem 20-25% da luz solar e duram mais de 30 anos. A tecnologia da Universidade Soochow representa um salto notável para aplicações internas, onde a intensidade da luz é menor.
Pesquisas globais, como as da University College London (UCL), também demonstram avanços. Células da UCL atingiram 37,6% de eficiência sob 1.000 lux de iluminação interna e mantiveram 92% de seu desempenho após 100 dias, superando as células de controle que mantiveram 76%. Esses avanços globais sublinham o potencial transformador das células solares de perovskita para alimentar a próxima geração de eletrônicos inteligentes e autônomos, alinhando-se com a demanda por soluções de energia limpa e a redução da pegada de carbono.