A Albânia está a adotar a Inteligência Artificial (IA) como um pilar estratégico para acelerar a sua adesão à União Europeia e intensificar o combate à corrupção. O Primeiro-Ministro Edi Rama expressou a visão de que a IA pode otimizar funções governamentais, eliminando ineficiências e preconceitos políticos. Esta iniciativa conta com a colaboração de Mira Murati, figura proeminente no campo da IA e ex-CTO da OpenAI, de origem albanesa.
A Albânia está a utilizar a IA para agilizar o processo de alinhamento com a legislação da UE, incluindo a tradução e análise de documentos legais, o que se estima poder acelerar o processo de adesão em até 5,5 anos. O portal e-Albania já emprega assistentes virtuais com IA para melhorar os serviços ao cidadão. Paralelamente, a IA está a ser implementada no controlo de contratos públicos, na análise de transações fiscais e alfandegárias em tempo real, e na monitorização de atividades ilegais através de drones e sistemas de satélite. Planos futuros incluem a integração da IA na fiscalização de trânsito, saúde, educação e sistemas de identificação digital. A Albânia pretende concluir a sua adesão à UE até 2030, com a IA a desempenhar um papel crucial neste objetivo. Especialistas e a oposição alertam, contudo, para a necessidade de desenvolver infraestruturas robustas, quadros jurídicos abrangentes e garantir a cibersegurança, sublinhando que a IA deve complementar, e não substituir, a supervisão humana.