A União Europeia e os Estados Unidos finalizaram um acordo comercial em julho de 2025, estabelecendo uma tarifa de 15% sobre a maioria das exportações da UE para os EUA, com o objetivo de evitar uma guerra comercial e promover a estabilidade empresarial. Para a Bulgária, o impacto económico geral é antecipado como modesto, com o setor de serviços a demonstrar uma resiliência notável. As novas tarifas, que entraram em vigor a 7 de agosto de 2025, afetam setores como automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos. O Ministério da Economia búlgaro estima que as exportações do país para os EUA possam diminuir cerca de 1,5%, resultando numa perda estimada de 626 milhões de euros. Setores como aço e alumínio são considerados particularmente vulneráveis, especialmente face a tarifas já existentes.
Em 2023, as exportações totais de bens da Bulgária totalizaram 86,9 mil milhões de BGN, uma redução de 6,5% em relação ao ano anterior. As exportações de bens para os EUA geraram um valor acrescentado de aproximadamente 830 milhões de euros em 2023, representando apenas 1% do valor acrescentado total da economia búlgara. Em contraste, o setor de serviços da Bulgária registou um crescimento homólogo de 4,2% em junho de 2025, superando as tendências da UE e posicionando o país em quinto lugar no bloco em termos de crescimento da produção de serviços. O valor acrescentado das exportações de serviços da Bulgária para os EUA em 2023 foi de 1,94 mil milhões de euros, com este setor a representar 2,3% do valor acrescentado total da economia. O governo búlgaro está a explorar estratégias de diversificação de mercados, enquanto a União Europeia procura reorientar esforços para novos destinos de exportação. A AmCham Bulgária continua a monitorizar a situação, defendendo relações económicas transatlânticas estáveis e preparando as empresas para as mudanças no mercado.