As Forças de Defesa de Israel (IDF) declararam a Cidade de Gaza como uma "zona de combate perigosa" em 29 de agosto de 2025, suspendendo as pausas humanitárias previamente estabelecidas para a entrega de ajuda. A medida, que visa desmantelar o Hamas e resgatar reféns, gerou preocupação internacional quanto ao impacto sobre a população civil.
As Nações Unidas alertaram que uma invasão em larga escala poderia reduzir pela metade a capacidade de leitos hospitalares em Gaza, agravando a já crítica situação de saúde. Relatórios indicam que mais de 15.600 pacientes necessitam de evacuação urgente, incluindo 3.800 crianças, devido à escassez de cuidados especializados e à deterioração do sistema de saúde.
Antes desta declaração, as forças israelenses intensificaram os bombardeios na Cidade de Gaza, resultando em um número significativo de mortos e feridos, e em deslocamentos em massa de residentes em direção à costa. A Agência das Nações Unidas de Obras Públicas e de Socorro aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) expressou profunda preocupação com a fome generalizada, especialmente entre as crianças na Cidade de Gaza, com o Comissário-Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, enfatizando a necessidade urgente de suprimentos essenciais.
Desde o início do conflito, mais de 62.000 palestinos foram mortos, com mulheres e crianças compondo uma parcela considerável das vítimas. Organizações internacionais clamam por ações imediatas para mitigar a escalada da violência e a crise humanitária, agravada pela fome que afeta mais de meio milhão de pessoas e pela disseminação de doenças infecciosas devido ao colapso do sistema de saúde e às precárias condições de saneamento e água potável.
A ONU estima que 91% da população de Gaza vive em insegurança alimentar e quase 1,9 milhão de pessoas necessitam de abrigo emergencial. As pausas táticas diárias, estabelecidas em julho, visavam facilitar a distribuição de ajuda humanitária com rotas seguras. No entanto, a suspensão dessas pausas, em meio à intensificação das operações militares, levanta sérias questões sobre o acesso à ajuda e a segurança dos civis. A comunidade internacional continua a pedir um cessar-fogo imediato e acesso humanitário irrestrito para conter a tragédia em curso.