Em 7 de agosto de 2025, o Gabinete de Segurança de Israel aprovou um plano para a ocupação militar da Cidade de Gaza, a maior metrópole da Faixa de Gaza. A iniciativa, proposta pelo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, visa o controle total da cidade pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), com o objetivo declarado de fornecer assistência humanitária a civis em áreas não envolvidas em combate.
O plano baseia-se em cinco princípios fundamentais: o desarmamento do Hamas, o retorno de todos os reféns israelenses, a desmilitarização da Faixa de Gaza, o controle de segurança israelense sobre o território e o estabelecimento de uma administração civil alternativa que não seja nem o Hamas nem a Autoridade Palestina. A decisão foi tomada após uma reunião de segurança que se estendeu pela noite, apesar das objeções do Chefe do Estado-Maior da IDF, Eyal Zamir, que alertou sobre os riscos para a vida dos reféns e os recursos militares necessários.
A aprovação do plano marca uma escalada considerável no conflito, com o potencial de deslocar centenas de milhares de civis. Relatos indicam que os residentes teriam até 7 de outubro de 2025 para evacuar a Cidade de Gaza, um prazo que coincide com o segundo aniversário dos ataques de 7 de outubro de 2023. A comunidade internacional reagiu com preocupação e condenação. O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, instou Israel a suspender imediatamente o plano, enfatizando que ele contradiz resoluções do Tribunal Internacional de Justiça e viola o direito dos palestinos à autodeterminação. Países como o Reino Unido, Espanha, Turquia e Austrália expressaram forte oposição, alertando para a escalada do conflito e suas graves consequências humanitárias. A Alemanha anunciou a suspensão de exportações de equipamentos militares que possam ser utilizados em Gaza.
O plano, embora declarado como não visando controle permanente, levanta questões sobre a futura governança de Gaza e o impacto humanitário sobre a população local, que já enfrenta condições de vida extremamente difíceis. A situação sublinha a complexidade da busca por segurança e estabilidade na região, apresentando um momento crítico para a reavaliação das abordagens e para a consideração das repercussões em larga escala das ações militares.