EUA opõem-se a limites globais de produção de plástico em negociações da ONU

Editado por: Татьяна Гуринович

As negociações em Genebra, em 6 de agosto de 2025, para um tratado global contra a poluição plástica enfrentam um impasse significativo, com os Estados Unidos apresentando uma posição contrária a limites globais de produção de plástico e ao uso de aditivos químicos. Essa postura contrasta com a de mais de 100 nações que defendem medidas mais rigorosas. Os EUA advogam por soluções focadas em etapas posteriores do ciclo de vida do plástico, como reciclagem e design de produtos, em vez de restrições à produção. Esta abordagem é vista como alinhada aos interesses da indústria petroquímica, que tem intensificado seu lobby nas negociações, superando em número delegações nacionais e cientistas. Relatórios indicam que, desde o início das negociações, sete grandes empresas petroquímicas aumentaram sua capacidade de produção de plástico em 1,4 milhão de toneladas.

Grupos ambientalistas expressam preocupação de que a posição dos EUA possa comprometer a eficácia do tratado em abordar as origens da poluição plástica. A União Europeia e nações insulares, como os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID), que são desproporcionalmente afetados pela poluição plástica, continuam a defender ações abrangentes que incluam a redução da produção. Estes países insulares têm sido vozes fortes na defesa de um tratado robusto que abranja todo o ciclo de vida do plástico, incluindo a remediação de plásticos legados no ambiente marinho. Países produtores de petróleo, como a Arábia Saudita, também se opõem a limites na produção, argumentando que isso afetaria suas exportações. A indústria petroquímica é acusada de fazer lobby para enfraquecer o tratado, promovendo a reciclagem como solução principal, apesar de evidências mostrarem que menos de 10% de todo o plástico já produzido foi reciclado. A influência de lobistas é uma preocupação crescente, com receios de que isso resulte em um acordo enfraquecido. O cenário atual das negociações reflete um conflito entre a necessidade de ação ambiental urgente e os interesses econômicos industriais. A posição dos EUA, ao priorizar soluções a jusante e resistir a limites de produção, pode perpetuar o ciclo de poluição plástica em vez de resolvê-lo em sua origem. A comunidade internacional aguarda o desenrolar dessas discussões cruciais para determinar o futuro da luta global contra a poluição plástica.

Fontes

  • The Globe and Mail

  • Oil producer pressure, Trump rollbacks threaten last-chance global plastics treaty

  • Nations gather in Geneva to again confront the world's spiraling plastic pollution crisis

  • Plastics a 'grave' danger to health, scientists warn before UN talks

  • Global action across the plastics lifecycle could nearly eliminate plastic pollution by 2040

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