As discussões sobre o nível de apoio a refugiados ucranianos na Alemanha estão em curso, com propostas de ajuste nos benefícios sociais. Desde 1º de junho de 2025, os refugiados ucranianos na Alemanha passaram a receber auxílio através do sistema de renda básica "Bürgergeld", conforme um acordo entre o governo federal e os estados em 7 de abril de 2025. No entanto, em 3 de agosto de 2025, o Ministro-Presidente da Baviera, Markus Söder, sugeriu a redução dos benefícios para ucranianos que chegassem após 1º de abril de 2025, alinhando-os com o Ato de Benefícios para Solicitantes de Asilo. Esta proposta reflete uma tendência europeia de reavaliação das condições para refugiados ucranianos.
Em junho de 2025, a Comissão Europeia propôs a extensão da Diretiva de Proteção Temporária para deslocados ucranianos até março de 2027, com alguns países da UE apoiando a prorrogação até março de 2026. Apesar das discussões, alterações significativas nas políticas de assistência social para refugiados ucranianos ainda não foram implementadas. Söder argumentou que a Alemanha é um dos poucos países a oferecer benefícios comparáveis ao "Bürgergeld" a refugiados ucranianos, sugerindo que isso desincentiva a busca por emprego, apesar das qualificações. Ele observou que, em julho de 2025, aproximadamente 64,1% dos ucranianos registrados na agência de trabalho não estavam empregados. Em contraste, outros países europeus, como França e Holanda, apresentam taxas de emprego mais elevadas entre os refugiados ucranianos. A Alemanha acolheu mais de 1 milhão de refugiados ucranianos desde o início do conflito, com cerca de 1,2 milhão residindo no país em agosto de 2025. Em 2024, os pagamentos de "Bürgergeld" a refugiados ucranianos totalizaram aproximadamente 6,3 bilhões de euros, enquanto os gastos totais com o programa atingiram 46,9 bilhões de euros. A proposta de Söder vai além do acordo de coalizão, que estabeleceu 1º de abril de 2025 como data limite para que novos refugiados recebessem benefícios de solicitantes de asilo, em vez do "Bürgergeld". A implementação dessa política ainda está pendente. A União Europeia, por sua vez, busca uma estratégia de longo prazo, com a Comissão Europeia propondo a extensão da proteção temporária até março de 2027, ao mesmo tempo em que incentiva a transição para status legais permanentes ou o retorno voluntário à Ucrânia. A Alemanha está a debater o nível de apoio, com o objetivo de poupar em gastos com bem-estar social.