A União Europeia Reafirma Apoio ao Governo Interino de Bangladesh Antes das Eleições de 2026
Editado por: Татьяна Гуринович
A União Europeia (UE) formalizou seu apoio ao governo interino de Bangladesh, cuja missão primordial é a organização de eleições democráticas iminentes. Essa declaração foi emitida em 13 de novembro de 2025, sublinhando a intensa vigilância internacional sobre a trajetória de transição política do país, desencadeada pelos eventos cruciais de julho de 2024. O reconhecimento da UE é vital para a legitimidade do processo, sinalizando que a comunidade internacional acompanha de perto a evolução democrática na nação do Sul da Ásia.
A administração provisória, liderada pelo Professor Muhammad Yunus, laureado com o Prêmio Nobel da Paz, iniciou oficialmente suas funções em 6 de agosto de 2024. Essa posse ocorreu na sequência imediata da renúncia da então Primeira-Ministra Sheikh Hasina, ocorrida no dia anterior, 5 de agosto de 2024. A saída de Hasina foi um desdobramento direto da maciça insurreição estudantil que ficou historicamente conhecida como a Revolução de Julho.
Diante da sensibilidade do cenário político, a União Europeia exortou veementemente todas as facções políticas de Bangladesh a participarem de maneira construtiva nas próximas etapas do processo de transição. Essa postura reflete o desejo de Bruxelas de ver um compromisso inabalável com os princípios democráticos e a estabilidade regional, elementos cruciais para a credibilidade do futuro pleito.
As eleições parlamentares nacionais em Bangladesh estão firmemente agendadas para fevereiro de 2026, e a concretização desse pleito representa o ponto focal da atual agenda governamental. Paralelamente ao processo eleitoral, será realizado um referendo nacional referente à controversa “Carta de Julho” (Julho Charter). Este documento visa implementar reformas estatais de natureza fundamental, buscando reestruturar a governança do país. Entre as mudanças propostas, destacam-se a imposição de limites de mandato para o cargo de Primeiro-Ministro, a ampliação dos poderes presidenciais e a garantia da plena independência do sistema judiciário.
O Professor Muhammad Yunus, mundialmente reconhecido como o fundador do Grameen Bank e um pioneiro no campo do microcrédito, aceitou a liderança da administração interina em um momento de crise. Essa nomeação foi endossada pelo chefe de Estado, Mohammad Shahabuddin, atendendo às exigências apresentadas pelos líderes estudantis que lideraram os protestos. Contudo, apesar do suporte geral à transição, o ambiente político interno permanece marcado por divergências significativas, particularmente em relação à “Carta de Julho”. A oposição a este estatuto se manifestou através do boicote da National Civil Party e de diversos grupos de esquerda, que alegam a ausência de um fundamento legal obrigatório para as alterações constitucionais propostas, gerando incerteza jurídica.
Em um esforço para garantir a segurança e a ordem, o Comandante do Exército, Waker-Uz-Zaman, já havia assegurado publicamente a disposição das forças armadas em prestar assistência integral ao gabinete provisório, visando a organização de eleições livres e justas. O Professor Yunus, por sua vez, tem reiterado que seu objetivo primordial é restaurar a confiança pública no governo e assegurar a transição de poder para uma liderança eleita, enfatizando que não buscará nenhum cargo eletivo após a conclusão do período de transição. O apoio da UE visa, portanto, conferir a legitimidade internacional necessária a este processo, que busca consolidar as mudanças estruturais iniciadas pelo movimento social e assegurar um retorno estável à governança constitucional até o início de 2026.
Fontes
The Business Standard
The Times of India
Reuters
Associated Press
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