Rússia detalha termos de paz para Ucrânia; cimeira Putin-Zelensky é improvável devido a sanções dos EUA

Editado por: Татьяна Гуринович

O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, delineou as condições da Rússia para a paz na Ucrânia, enfatizando a necessidade de neutralidade e garantias de segurança por parte dos membros do Conselho de Segurança da ONU, excluindo explicitamente a adesão à NATO. Estas declarações surgem num momento em que os esforços para organizar um encontro direto entre os Presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky estão estagnados, com Lavrov a indicar que uma cimeira entre os dois líderes é improvável num futuro próximo devido à falta de uma agenda preparada.

Putin está pronto para se encontrar com Zelensky quando uma agenda for elaborada, mas esta "não está pronta de todo", afirmou Lavrov. As exigências russas para a paz incluem a manutenção da neutralidade da Ucrânia, a não adesão a qualquer bloco militar e a obtenção de garantias de segurança de um grupo de países, incluindo membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A adesão à NATO por parte da Ucrânia é considerada inaceitável pela Rússia. Questões em aberto, como as exigências de garantias de segurança pós-guerra da Ucrânia e as exigências territoriais da Rússia, continuam a ser obstáculos significativos para qualquer diálogo direto.

Nos Estados Unidos, o ex-Presidente Donald Trump expressou frustração com a falta de progresso nas negociações de paz. Trump ponderou a possibilidade de impor sanções ou tarifas significativas à Rússia em resposta ao conflito, indicando que tomará uma "decisão importante" em breve. Esta posição surge após a sua reunião com o Presidente Putin no Alasca, onde Trump demonstrou abertura para melhorar as relações EUA-Rússia, ao mesmo tempo que expressava insatisfação com os ataques russos a fábricas ligadas aos EUA na Ucrânia.

A situação é complexa, com esforços internacionais contínuos para encontrar uma resolução. Lavrov acusou os países ocidentais de tentarem "bloquear" as negociações de paz, enquanto a Ucrânia, por sua vez, acusou a Rússia de tentar prolongar o conflito e evitar reuniões. A falta de um terreno comum sobre garantias de segurança e questões territoriais sublinha o impasse diplomático atual. A perspetiva de uma cimeira Putin-Zelensky permanece incerta, com ambos os lados a trocarem acusações sobre a responsabilidade pelo adiamento.

Historicamente, as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia começaram em fevereiro de 2022. As propostas iniciais da Rússia incluíam a rendição da Ucrânia, enquanto a Ucrânia procurava a retirada total das tropas russas e garantias de segurança. As negociações posteriores em março de 2022 em locais como a Bielorrússia e a Turquia não resultaram em acordos concretos devido a divergências em pontos chave e dúvidas sobre a sinceridade russa, especialmente após a revelação de atrocidades em Bucha. A possibilidade de novas negociações em 2025, sob a administração de Trump, que demonstrou uma abordagem mais alinhada com as propostas russas, contrasta com o apoio europeu às propostas ucranianas. A Rússia, no entanto, tem rejeitado os apelos a um cessar-fogo.

Fontes

  • New York Post

  • Reuters

  • China Daily Asia

  • Axios

  • Financial Times

  • Philstar

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