A fronteira entre Gaza e Israel registrou um aumento de tensão no dia 10 de agosto de 2025, com o lançamento de dois projéteis da Faixa de Gaza em direção a Israel. O ataque acionou sirenes de ataque aéreo nas comunidades de Sdot Negev e Sha'ar Hanegev. A Força de Defesa de Israel (IDF) confirmou a provável origem dos projéteis e informou que as tentativas de interceptação estão sob revisão. Não houve relatos imediatos de feridos ou danos significativos.
Este incidente ocorre em um momento crítico, após o anúncio do Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre uma iminente ofensiva militar contra redutos do Hamas na Cidade de Gaza, com o objetivo declarado de libertar reféns. Netanyahu enfatizou a necessidade de "completar o trabalho" e derrotar o Hamas, indicando que a ofensiva começaria "em breve" e incluiria o estabelecimento de zonas seguras para a população civil. A operação planejada visa não apenas a Cidade de Gaza, mas também os "acampamentos centrais" e Muwasi, com objetivos de desmilitarização do enclave, manutenção do "controle de segurança primordial" por parte das Forças de Defesa de Israel e a instalação de uma administração civil não israelense. A decisão gerou condenação internacional e interna, com receios de agravamento da situação humanitária e maior perigo para os reféns restantes. Famílias de reféns expressaram preocupação, convocando uma greve geral. Nove países europeus, incluindo Alemanha, Grã-Bretanha e França, rejeitaram a operação em larga escala, alertando para o agravamento da "situação humanitária catastrófica" e o perigo para os reféns. A Rússia também alertou para uma "intensificação imprudente das hostilidades", e o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência.
A situação humanitária em Gaza continua crítica, com relatos de aumento de mortes de civis, incluindo crianças, muitas vezes ligadas à busca por suprimentos. O Ministério da Saúde de Gaza informou que mais de 61.000 palestinos foram mortos e mais de 151.000 feridos desde outubro de 2023. A crise de fome e desnutrição é exacerbada pelas condições no terreno e restrições de ajuda. A liderança militar israelense expressou ressalvas quanto à expansão da ofensiva, alertando para riscos de conflito prolongado e perigo para os reféns. A complexidade e volatilidade da região exigem soluções que priorizem a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos.