Milhares de pessoas concentraram-se no campus universitário em Novi Sad, Sérvia, em protestos contínuos que exigem eleições imediatas e responsabilização do Presidente Aleksandar Vučić e do seu partido no poder.
As manifestações, que ganharam força desde novembro de 2024, foram desencadeadas pelo desabamento do telhado da estação ferroviária de Novi Sad, que resultou na morte de 16 pessoas. Os manifestantes atribuem a responsabilidade pela corrupção e inação governamental a este desastre, que ocorreu após renovações no local. Os protestos escalaram para confrontos com as forças de segurança em meados de agosto de 2025, com relatos de uso de gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral para dispersar os manifestantes. O Presidente Vučić afirmou que 11 policiais ficaram feridos e acusou serviços secretos estrangeiros de envolvimento nas manifestações.
As exigências centrais dos manifestantes incluem a realização de eleições antecipadas e a responsabilização dos envolvidos na tragédia da estação ferroviária. Em resposta às crescentes tensões, o governo sérvio passou por uma reformulação, com o primeiro-ministro e vários ex-ministros renunciando ou sendo presos e indiciados em conexão com o desabamento. Os protestos, que se espalharam por várias cidades sérvias, refletem uma profunda insatisfação pública com a gestão governamental, a corrupção e a percepção de autoritarismo.
A situação em Novi Sad e em todo o país destaca um clima político tenso. O Presidente Vučić rejeitou os pedidos de eleições antecipadas, sugerindo que o Estado está a preparar uma resposta para restaurar a paz e a ordem. A população continua a expressar o seu descontentamento e a clamar por mudanças significativas no panorama político sérvio.