Hsieh Jih-Sheng, Vice-Chefe do Estado-Maior de Inteligência de Taiwan, participou do Fórum de Segurança de Varsóvia em setembro de 2025, destacando a importância do conflito na Ucrânia como um estudo de caso para a preparação de Taiwan contra a assertividade chinesa. Ele alertou que uma derrota ucraniana poderia encorajar a China em suas ambições territoriais.
O Fórum de Segurança de Varsóvia, realizado de 29 a 30 de setembro de 2025, foi uma plataforma crucial para o diálogo internacional sobre segurança. A presença de Jih-Sheng, em uniforme militar, marcou uma rara participação de um oficial taiwanês de alta patente em um fórum europeu, sublinhando a urgência com que Taiwan busca fortalecer suas defesas e sua posição diplomática.
As lições extraídas da Ucrânia incluem táticas de guerra de drones, a importância de sistemas integrados de defesa aérea e de mísseis, e a necessidade de mobilizar reservistas de forma eficaz. Taiwan observa atentamente a capacidade ucraniana de empregar drones de baixo custo contra equipamentos mais caros e a resiliência de suas forças de defesa territorial.
Em julho de 2025, Taiwan iniciou seus maiores exercícios militares, os Han Kuang, envolvendo a mobilização de 22.000 reservistas, um esforço proativo para aprimorar a prontidão geral. A ilha também tem focado em exercícios de defesa contra desembarques e na fortificação de portos e pontos de desembarque potenciais.
A crescente cooperação militar entre a China e a Rússia é uma fonte de grande preocupação. Relatórios indicam que a Rússia está auxiliando a China no treinamento e equipamento de um batalhão aerotransportado, visando aprimorar as capacidades de invasão chinesas em Taiwan. Essa colaboração, que inclui a venda de veículos blindados e treinamento especializado, visa superar as lacunas de experiência da China em operações aerotransportadas.
Em agosto de 2025, a Rússia e a China realizaram exercícios navais conjuntos "Interação Marítima-2025" no Mar do Japão, demonstrando o aprofundamento da cooperação militar. Esses exercícios, que incluíram a prática de defesa antissubmarino, defesa aérea e combate naval, são vistos como um sinal de aumento do poder militar e um desafio à influência ocidental na região da Ásia-Pacífico.
Analistas apontam que essa parceria militar aprofunda a instabilidade no Indo-Pacífico e representa um desafio significativo para os planejadores de defesa dos EUA e seus aliados. A declaração de Jih-Sheng no Fórum de Segurança de Varsóvia ressalta a interconexão dos desafios de segurança globais, alertando que uma potencial derrota ucraniana na Ucrânia poderia encorajar a China a intensificar suas ações contra Taiwan.