A administração Trump implementou uma nova política em 7 de agosto de 2025, exigindo que as universidades divulguem dados de admissão relacionados à raça. Esta medida, uma resposta à decisão da Suprema Corte de 2023 contra a ação afirmativa, visa combater o que a administração alega serem métodos de admissão conscientes de raça, como ensaios pessoais. Paralelamente, a administração suspendeu US$ 584 milhões em bolsas federais para a Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), citando violações de direitos civis e a alegação de que a universidade promoveu um ambiente educacional hostil para estudantes judeus e israelenses. Agências como a National Science Foundation, National Institutes of Health e o Departamento de Energia foram impactadas, afetando pesquisas críticas. A Universidade de Stanford também enfrenta repercussões financeiras, com mais de 360 demissões devido a cortes orçamentários atribuídos a políticas federais de financiamento, incluindo um corte de US$ 140 milhões para o próximo ano. Essas ações refletem uma postura federal mais assertiva sobre as operações universitárias, visando remodelar o ensino superior e desafiar programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).
O contexto histórico da ação afirmativa, desde o Movimento pelos Direitos Civis até decisões da Suprema Corte como Regents of the University of California v. Bakke (1978) e Grutter v. Bollinger (2003), ressalta o debate sobre políticas raciais na educação. A abordagem atual da administração representa um afastamento significativo do engajamento federal anterior. As implicações dessas ações federais são substanciais, forçando as universidades a navegar um cenário complexo onde a conformidade com as diretivas federais se cruza com a liberdade acadêmica e ambientes inclusivos. O estresse financeiro pode impedir a pesquisa e a inovação. O sistema da Universidade da Califórnia indicou sua intenção de negociar com o governo federal para restaurar o financiamento suspenso, argumentando que os cortes não abordam o antissemitismo. A situação na UCLA e a pressão federal sobre políticas de DEI marcam um momento crítico na relação entre o governo federal e o ensino superior.