A NASA está a avançar com a segunda fase do seu Desafio LunaRecycle, uma competição que convida indivíduos e equipas dos Estados Unidos a desenvolverem soluções inovadoras para a gestão de resíduos em missões espaciais de longa duração. O objetivo é transformar o que é considerado lixo em recursos valiosos, abordando um dos maiores desafios para a sustentabilidade da exploração lunar e interplanetária.
Esta iniciativa, parte do programa Centennial Challenges da NASA, oferece um prémio total de 3 milhões de dólares. A segunda fase, que começou em julho de 2025 e está prevista para terminar em agosto de 2026, tem um prémio de até 2 milhões de dólares. A competição está dividida em duas rondas: uma Ronda de Marcos, cujas submissões decorrem até janeiro de 2026, e uma Ronda Final, com demonstrações de protótipos em agosto de 2026. Os finalistas da Ronda de Marcos serão anunciados em fevereiro de 2026. Embora a apresentação de um protótipo físico seja obrigatória, os participantes têm a opção de submeter um "gémeo digital" – um modelo virtual do seu protótipo – para prémios adicionais.
O foco principal do Desafio LunaRecycle é o desenvolvimento de tecnologias de reciclagem capazes de processar uma variedade de materiais, incluindo tecidos, plásticos, espumas e metais. Estima-se que uma tripulação de quatro astronautas possa gerar mais de 2.100 quilogramas de resíduos num único ano. A NASA procura sistemas que sejam eficientes, seguros, que exijam um mínimo de tempo e recursos da tripulação, e que possam transformar estes materiais em produtos úteis, reduzindo a necessidade de reabastecimento a partir da Terra.
A primeira fase do Desafio LunaRecycle atraiu um interesse global considerável, com mais de 1.200 registos, um recorde para o programa Centennial Challenges da NASA. Dezassete equipas foram reconhecidas como vencedoras. A fase atual, focada nos EUA, visa aprofundar estas inovações, garantindo que as tecnologias desenvolvidas estejam alinhadas com os objetivos do programa espacial americano. Esta iniciativa reflete uma mudança de paradigma na exploração espacial, onde a gestão de resíduos é vista como uma oportunidade para a inovação e a autossuficiência, com potencial para inspirar aplicações terrestres em áreas como a gestão de resíduos e a economia circular.