Cientistas chineses desenvolveram uma impressora 3D inovadora, alimentada por energia solar, capaz de fabricar tijolos utilizando o solo lunar. Esta tecnologia representa um avanço significativo para a construção de habitats e infraestruturas na Lua, simplificando e reduzindo os custos associados à construção de bases lunares sustentáveis. O dispositivo utiliza a concentração da luz solar para derreter o regolito lunar a temperaturas superiores a 1.300°C, transformando-o em tijolos densos e resistentes. Estes blocos são cruciais para a proteção contra radiação e impactos de micrometeoritos, eliminando a necessidade de transportar materiais de construção pesados da Terra. A inovação destaca-se pela sua autossuficiência, utilizando exclusivamente o solo lunar sem a necessidade de aditivos.
Esta tecnologia está alinhada com os planos da China para a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), que visa estabelecer uma presença humana de longo prazo na Lua, com uma estação básica prevista para o polo sul lunar até 2035 e uma rede de instalações até 2050. A missão Chang'e-8, programada para 2028, testará a utilização de recursos in-situ, incluindo a fabricação de tijolos com solo lunar. O desenvolvimento desta máquina de fabricação de tijolos lunares levou cerca de dois anos, superando desafios técnicos relacionados à transmissão de energia e à variabilidade da composição do solo lunar. Amostras simuladas de solo lunar foram utilizadas em testes extensivos para garantir a adaptabilidade do sistema. Os tijolos lunares servirão como camadas protetoras externas para estruturas habitáveis completas, complementando módulos estruturais rígidos e conchas infláveis.