China Entrega Componente Crucial para o Reator de Fusão ITER

Editado por: an_lymons

O projeto ITER, um empreendimento científico internacional de grande escala localizado no sul da França, celebrou um marco significativo em agosto de 2025 com a chegada de um componente vital enviado pela China. Este componente, parte do sistema de alimentação de energia magnética, é essencial para o funcionamento do reator tokamak, que visa replicar o processo de fusão nuclear que alimenta o Sol para gerar energia limpa e sustentável.

O componente em questão, desenvolvido pelo Instituto de Física de Plasma da Academia Chinesa de Ciências (ASIPP), é um sistema de alimentação de bobinas de correção. Com aproximadamente 15 metros de diâmetro e pesando cerca de 3,5 milhões de libras (aproximadamente 1,59 milhão de kg), este sistema de engenharia avançada é fundamental para fornecer a energia, o resfriamento e o controle necessários para os poderosos ímãs supercondutores que confinam o plasma a temperaturas extremas. Além de sua função principal, o sistema atua como um componente de segurança, gerenciando a dissipação de energia em momentos de instabilidade para garantir a integridade do reator.

A contribuição chinesa é um símbolo do engajamento e da expertise técnica das nações parceiras no projeto ITER. O ITER é uma colaboração global que reúne sete membros principais: a União Europeia, China, Estados Unidos, Rússia, Japão, Índia e Coreia do Sul. O objetivo primordial do projeto é alcançar um "plasma em combustão", onde a energia liberada pelas reações de fusão seja suficiente para manter a temperatura do plasma, um passo crucial para a viabilidade da fusão como fonte de energia comercial. O projeto também visa testar tecnologias essenciais para futuras usinas de fusão e alcançar um ganho de energia de dez vezes a energia injetada (Q=10).

Apesar dos avanços significativos, o projeto ITER tem enfrentado desafios técnicos e financeiros, com cronogramas e orçamentos ajustados ao longo do tempo. As estimativas de custo total do projeto ultrapassam os 24 bilhões de dólares, tornando-o um dos projetos de engenharia mais caros e complexos já concebidos. No entanto, os benefícios potenciais da energia de fusão, como a produção de energia limpa, abundante e com mínima geração de resíduos radioativos, continuam a impulsionar a colaboração e a inovação neste campo promissor.

A entrega deste componente pela China representa um passo concreto em direção à realização do potencial da energia de fusão, destacando a importância da cooperação internacional na busca por soluções energéticas sustentáveis para o futuro da humanidade.

Fontes

  • Visegrad Post

  • AS

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