Nas águas da província de Palawan, Filipinas, surge um projeto inovador: a Sensay Island. Lançada em 2025, esta nação soberana de 3,4 km² opera sob um sistema de governança inteiramente gerido por inteligência artificial (IA), utilizando réplicas digitais de figuras históricas proeminentes. O objetivo é explorar o potencial da IA na administração pública, promovendo um modelo de governança transparente e participativo.
O gabinete de liderança da Sensay Island é composto por personalidades icónicas do passado, com o imperador romano Marco Aurélio como Presidente e Sir Winston Churchill como Primeiro-Ministro. Nelson Mandela lidera o Ministério da Justiça, Eleanor Roosevelt o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Florence Nightingale o Ministério da Saúde. Estas réplicas de IA são treinadas com base nas obras, discursos e filosofias de cada líder para emular os seus padrões de personalidade e tomada de decisão. Cidadãos e visitantes podem interagir com este conselho digital através da plataforma online da ilha, propondo políticas que são debatidas e votadas pelas entidades de IA.
O projeto, desenvolvido pela startup britânica Sensay, especializada em réplicas digitais de IA, visa demonstrar como a tecnologia pode governar em harmonia com as pessoas, livre de partidarismos políticos e atrasos burocráticos. A Sensay Island está a implementar um plano de desenvolvimento faseado, com marcos como a aquisição da ilha e ratificação da sua Carta Fundamental em 2025. Em 2026, está prevista a implementação de uma rede de energia sustentável e a abertura a observadores. Em 2027, ocorrerá a chegada dos primeiros residentes e a declaração de 60% da ilha como Santuário Ecológico, culminando em 2028 com a realização do Simpósio Global sobre Governança de IA.
Uma colaboração estratégica com a ASI Alliance, um consórcio de projetos avançados de IA em Web3, visa integrar o Modelo ASI:One. Esta integração promete aumentar a autonomia e a capacidade de tomada de decisão dos agentes de IA na ilha, fortalecendo a sua inteligência e capacidade de resposta, sublinhando um compromisso partilhado com uma IA aberta, descentralizada e acessível a todos.
A Sensay Island insere-se num contexto global de crescente interesse e debate sobre a aplicação da inteligência artificial na governança. A necessidade de estruturas de governança robustas e éticas para a IA é cada vez mais reconhecida, com discussões a abranger desde a mitigação de vieses e garantia de transparência até à responsabilidade e confiança pública. A abordagem de Sensay, ao fundir sabedoria histórica com tecnologia de ponta, oferece uma perspetiva única sobre como os princípios de liderança do passado podem ser reinterpretados e aplicados em novos paradigmas de gestão pública.