A banda de synth-pop de Brooklyn, Nation of Language, lançou seu aguardado quarto álbum, 'Dance Called Memory', em 19 de setembro de 2025. Este novo trabalho marca um retorno ao som introspectivo do grupo, evocando comparações com o aclamado 'Avalon' de Roxy Music.
O álbum, produzido por Nick Millhiser, destaca o trabalho de sintetizador de Aidan Noell e as linhas de baixo de Alex MacKay, criando uma atmosfera sonora distinta e envolvente. O single principal, 'Now That You're Gone', mergulha em temas de empatia e perda, inspirado por experiências pessoais do vocalista Ian Devaney, incluindo o luto pela perda de seu padrinho para ELA e o papel de seus pais como cuidadores. Essa vulnerabilidade lírica, um desvio do som mais otimista de seus trabalhos anteriores, adiciona uma nova camada de profundidade emocional à música da banda.
O álbum, em geral, explora a memória, a perda e a conexão em uma era cada vez mais dominada pela inteligência artificial, equilibrando elementos mecânicos e emocionais com influências que vão de My Bloody Valentine a Kraftwerk e Brian Eno. As performances vocais de Devaney em faixas como 'Silhouette' foram elogiadas por suas influências estilísticas, com críticos notando uma evolução em sua entrega, que agora soa mais crua e humana em comparação com o brilho polido de seus trabalhos anteriores. O tom mais contido do álbum proporciona uma experiência auditiva reflexiva, convidando os ouvintes a uma jornada de autoconhecimento e conexão.
Em apoio ao lançamento de 'Dance Called Memory', o trio de Brooklyn embarcou em uma extensa turnê pela América do Norte, que começou em 21 de agosto em Hamden, CT. A turnê inclui uma residência de várias noites em sua cidade natal, Brooklyn, apresentando setlists variados, e passagens por cidades como Chicago, São Francisco e Los Angeles. A banda também se apresentará em locais icônicos no Reino Unido e na Europa em novembro.
A recepção crítica para 'Dance Called Memory' tem sido amplamente positiva, com elogios à sua profundidade emocional e desenvolvimento sônico, consolidando a reputação do Nation of Language como exploradores introspectivos do synth-pop. A banda, formada em 2016, construiu uma base de fãs leais através de suas composições evocativas, shows hipnóticos e letras introspectivas, inspiradas por pioneiros como Orchestral Manoeuvres in the Dark (OMD) e Kraftwerk, além de artistas mais modernos como LCD Soundsystem e Black Marble. A evolução sonora do álbum, que se afasta do som mais direto de seus primeiros trabalhos para abraçar uma abordagem mais espacial e melancólica, reflete um amadurecimento artístico e uma exploração mais profunda de temas existenciais. A banda demonstra uma ética de trabalho que remonta à era do post-punk, com lançamentos consistentes e turnês que os mantêm em evidência.
O álbum 'Dance Called Memory' representa um passo significativo na criatividade e visão da banda, oferecendo uma tapeçaria delicada de luz e sombra que convida os ouvintes a um espaço seguro onde o sentimento reside sutilmente sob sintetizadores delicados. A capacidade do Nation of Language de transformar sentimentos complexos em um som synth único os diferencia, promovendo uma sensação de conexão coletiva em um mundo cada vez mais fragmentado.