O trigésimo terceiro Festival Internacional Almerijazz está prestes a inundar a cidade de Almería com melodias vibrantes e ritmos contagiantes, decorrendo num período intenso de 24 de outubro a 9 de novembro. Este evento, cujas raízes profundas no cenário do jazz local remontam à efervescência cultural da década de 70 do século passado, transcende a mera sucessão de concertos. Na verdade, o Almerijazz posiciona-se como um verdadeiro catalisador para um diálogo musical mais aprofundado e inclusivo na região. Diego Cruz, o Conselheiro de Cultura de Almería, fez questão de sublinhar que a fase atual do festival exibe uma individualidade notável e um equilíbrio artístico refinado, conseguindo harmonizar estrelas de renome mundial com talentos nacionais emergentes e as forças criativas locais do jazz.
A programação deste ano, rica em diversidade estilística e prometendo uma viagem sonora completa, foi concebida para proporcionar uma experiência de contato íntimo, apaixonada e próxima do público. Essa deliberada ênfase na proximidade e na experiência de câmara reflete-se na escolha de espaços mais acolhedores e históricos: o tradicional Teatro Apolo e o Centro Cultural Fundación Unicaja, que se junta novamente ao circuito. Ao apoiar este consolidado acontecimento cultural, a Fundación Unicaja reconhece a oportunidade única de permitir que os habitantes e visitantes desfrutem de jazz de primeira linha, solidificando, assim, a posição de Almería como um importante epicentro deste género artístico na Península Ibérica.
A abertura solene do festival está marcada para 24 de outubro no palco do Teatro Apolo, com a performance aguardada e cheia de energia do Arturo Pueyo Cuarteto. Logo no dia seguinte, 25 de outubro, o mesmo palco histórico receberá o espetáculo especial intitulado “Noite de Jazz Feito na Andaluzia”, protagonizado por La Causa Swing em parceria com La Funkería, celebrando a produção regional. Contudo, um dos momentos internacionais de maior destaque será, sem dúvida, a atuação do lendário saxofonista Bobby Watson, uma figura incontornável do jazz contemporâneo. Ele se apresentará acompanhado pela poderosa Clasijazz Big Band, sob a direção magistral de Duccio Bertini. Este concerto de gala, agendado para 2 de novembro no amplo espaço do Auditorio Maestro Padilla, é anunciado pelos organizadores como um exemplo de jazz "diverso, acessível e de altíssima qualidade e calor humano", prometendo uma noite inesquecível.
Outros pontos altos e imperdíveis da agenda incluem o solo de piano de Lucía Rey, uma artista nomeada para melhor álbum de jazz, que demonstrará o seu virtuosismo a 4 de novembro no Centro Cultural Fund Unicaja. Uma nota importante é que este evento terá a particularidade de oferecer entrada gratuita, democratizando o acesso à cultura. O público também terá o prazer de apreciar o sofisticado dueto de guitarras de Tito Alcedo e Nono García, marcado para 6 de novembro. O clímax do nível internacional, um verdadeiro deleite para os amantes do jazz, será a noite com o aclamado Jacky Terrasson Trío, a 7 de novembro, prometendo uma performance de classe mundial.
O encerramento do festival, a 9 de novembro, no prestigiado Auditorio Maestro Padilla, promete ser grandioso e impactante, fundindo tradição e modernidade: o Clasijazz Coro Gospel e a Big Band, sob a batuta inspiradora de Ramón Escalé, apresentarão a sua poderosa e harmoniosa visão musical. O Almerijazz, ao celebrar o seu 33º aniversário, há muito que deixou de ser apenas um calendário de eventos. Tornou-se um espaço de sintonia interior e reflexão cultural, onde cada concerto funciona como um espelho da alma e cada improvisação se revela uma forma profunda de o público se reencontrar com a essência da música e consigo mesmo.