A conferência Meta Connect 2025, realizada em setembro de 2025, apresentou os aguardados óculos inteligentes Meta Ray-Ban Display, um passo significativo na integração de inteligência artificial e realidade aumentada ao cotidiano. O CEO Mark Zuckerberg revelou os óculos, que custam US$ 799, prometendo uma nova forma de interação com a tecnologia através de um display integrado e controle por gestos via bracelete neural, o Meta Neural Band. No entanto, o evento foi ofuscado por falhas em demonstrações ao vivo, que, embora frustrantes, também evidenciaram os desafios da inovação tecnológica de ponta.
Os Meta Ray-Ban Display foram apresentados como a primeira incursão da Meta em óculos de consumo com display integrado, combinando o estilo clássico da Ray-Ban com funcionalidades avançadas. Equipados com um display de alta resolução (600x600 pixels) em uma das lentes, os óculos oferecem informações visuais, como notificações, navegação e respostas de IA, sem obstruir a visão do usuário. O controle é mediado pelo Meta Neural Band, um bracelete que utiliza sensores de eletromiografia (EMG) para interpretar sinais musculares sutis do pulso, permitindo interações intuitivas sem comandos de voz ou toque. A tecnologia por trás do bracelete, resultado de anos de pesquisa, visa substituir teclados e telas sensíveis ao toque por movimentos discretos dos dedos.
O lançamento também incluiu a colaboração com a Oakley, resultando nos óculos esportivos Oakley Meta Vanguard, focados em atletas e com integração a plataformas como Strava e Garmin, além de uma câmera centralizada para captura de performance. Essa diversificação do portfólio demonstra a ambição da Meta em atender a diferentes segmentos de mercado com sua tecnologia de óculos inteligentes.
Contudo, a apresentação de Zuckerberg foi marcada por contratempos. Durante uma demonstração culinária, a IA integrada aos óculos falhou em fornecer as instruções corretas para uma receita de molho, levando o chef Jack Mancuso a atribuir o problema a uma conexão Wi-Fi instável. Zuckerberg comentou ironicamente sobre a situação, ressaltando a imprevisibilidade da tecnologia em tempo real. Posteriormente, uma tentativa de demonstração de videochamada com o CTO Andrew "Boz" Bosworth também apresentou falhas repetidas, com o bracelete neural não registrando a chamada. Bosworth brincou sobre a "brutalidade do Wi-Fi", e Zuckerberg admitiu que, apesar de anos de prática, "nunca se sabe o que vai acontecer" em demonstrações ao vivo.
Apesar dos percalços técnicos, a resposta do mercado foi cautelosamente otimista. Analistas de mercado consideraram o preço de US$ 799 para os Meta Ray-Ban Display como um ponto de entrada acessível para a tecnologia embarcada, e a Meta viu suas ações apresentarem um leve aumento após o evento, indicando confiança contínua dos investidores no potencial de seus óculos inteligentes. Especialistas apontam que, embora as falhas em demonstrações ao vivo sejam um lembrete dos desafios da inovação, elas também representam oportunidades de aprendizado e aprimoramento, essenciais no desenvolvimento de novas plataformas computacionais. A Meta planeja expandir a disponibilidade dos óculos para outros mercados em 2026, sugerindo um compromisso de longo prazo com esta categoria de produto.