Mercado de Luxo de Revenda em Ascensão: Sustentabilidade e Tecnologia Impulsionam o Crescimento

O mercado global de artigos de luxo de segunda mão está a registar um crescimento notável, com projeções de atingir cerca de 38 mil milhões de dólares até 2025. Este avanço é impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo a crescente preferência dos consumidores por práticas sustentáveis e a maior acessibilidade proporcionada pelas plataformas digitais.

As gerações mais jovens, como Millennials e a Geração Z, são os principais motores desta expansão. Estes grupos demográficos valorizam cada vez mais a singularidade e a acessibilidade económica dos artigos de luxo de segunda mão, vendo na revenda uma forma de alinhar as suas escolhas de consumo com um compromisso com a sustentabilidade e a economia circular. Mais de 65% dos consumidores destas gerações já aderiram a compras de revenda, fortalecendo a procura por esta categoria.

A tecnologia desempenha um papel crucial nesta transformação, com a inteligência artificial (IA) e a análise de dados a serem aplicadas para aprimorar a autenticação de produtos e a personalização da experiência do cliente, aumentando assim a confiança. A autenticidade é uma preocupação primordial, com 78% dos clientes a considerarem a autenticidade certificada como um fator extremamente importante ao adquirir artigos usados.

Plataformas como The RealReal, eBay e Poshmark estão na vanguarda desta mudança de mercado, facilitando a transação de artigos de luxo de segunda mão. As próprias marcas de luxo estão a reconhecer o potencial deste setor, integrando-se ativamente através de programas de recompra e parcerias com plataformas de revenda. Marcas como Gucci e Stella McCartney estão a liderar este movimento, utilizando materiais reciclados e processos éticos.

Geograficamente, a América do Norte e a região Ásia-Pacífico, com destaque para Japão, Coreia do Sul e China, demonstram um crescimento significativo neste mercado, impulsionado pela adoção digital e pelo foco na autenticidade. A China, em particular, representa quase um terço das vendas globais de luxo, com um crescimento notável impulsionado pelos consumidores asiáticos.

O mercado de luxo de segunda mão não é apenas uma tendência passageira, mas uma evolução significativa no comportamento do consumidor, onde a sustentabilidade, a acessibilidade e a autenticidade se tornam pilares centrais. A tecnologia continua a ser um facilitador essencial, garantindo a confiança e aprimorando a experiência de compra num setor em constante adaptação.