O Presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, levantou especulações ao sugerir que o ex-Presidente Donald Trump teria atuado como informante do FBI para desmantelar a rede de tráfico sexual de Jeffrey Epstein. Johnson destacou a "grande simpatia" de Trump pelas vítimas e seu envolvimento para derrubar a operação, em meio a crescentes exigências por transparência no caso Epstein.
Sobreviventes dos abusos perpetrados por Epstein estão na vanguarda da campanha pela aprovação da "Epstein Files Transparency Bill", uma legislação que visa compelir a divulgação de todos os registros não classificados relacionados a Epstein. O ex-Presidente Trump, por sua vez, tem classificado as demandas por mais informações como um "hoax democrata", sugerindo uma politização do assunto.
A controvérsia ganhou força com a divulgação de mais de 33.000 páginas de documentos pelo Comitê de Supervisão da Câmara. No entanto, críticos apontam que grande parte desse material é redundante e fortemente editado, com apenas cerca de 3% sendo novas divulgações, incluindo registros de voos do avião particular de Epstein. As alegações de Johnson sobre o papel de Trump como informante do FBI foram posteriormente atenuadas por seu próprio gabinete, que esclareceu que ele estava reiterando declarações feitas anteriormente por um advogado das vítimas. Esse advogado teria afirmado que Trump foi prestativo em 2009, fornecendo informações aos promotores.
A natureza exata de qualquer colaboração formal ou relacionamento contínuo com o FBI permanece incerta. O próprio Trump desdenha as exigências de mais transparência como um "hoax democrata que nunca acaba". Paralelamente, a pressão por mais divulgação continua, com legisladores de ambos os partidos impulsionando a aprovação da "Epstein Files Transparency Act". Essa proposta legislativa busca forçar a divulgação de todos os registros não sigilosos relacionados a Epstein, com exceção das informações pessoais das vítimas.
A iniciativa, apoiada por sobreviventes que compartilharam seus testemunhos, enfrenta o desafio de obter aprovação no Senado e, potencialmente, um veto presidencial, dada a postura de Trump. A situação permanece em evolução, com discussões contínuas no Congresso e no debate público sobre a transparência dos materiais relacionados a Epstein e o alcance do suposto envolvimento de Trump na investigação.