Telescópio Solar Inouye Captura Detalhes Sem Precedentes de Arcos de Plasma em Erupção Solar

Editado por: Alissa Liepinya

Em 8 de agosto de 2024, o Telescópio Solar Daniel K. Inouye (DKIST), localizado no Havaí, registrou imagens de altíssima resolução de um surto solar classe X1.3, revelando os arcos de plasma conhecidos como alças coronais com uma largura média de 48,2 quilômetros. Esta observação, publicada na revista The Astrophysical Journal Letters, representa um avanço significativo na compreensão dessas estruturas que seguem as linhas do campo magnético do Sol.

Anteriormente, as alças coronais eram teorizadas como feixes de estruturas menores, mas as novas imagens do DKIST sugerem que elas podem ser unidades individuais. Essa descoberta, comparada por um dos pesquisadores a "ver cada árvore em vez de apenas a floresta", tem o potencial de revolucionar a previsão do clima espacial. Os modelos atuais generalizam as estruturas coronais em escalas maiores, perdendo detalhes críticos sobre a concentração de energia magnética antes de uma erupção.

O DKIST, operado pela National Solar Observatory (NSO), é o maior telescópio solar do mundo. Sua capacidade de observar essas formações em escalas íntimas, utilizando o instrumento Visible Broadband Imager (VBI) ajustado para o comprimento de onda H-alfa, permite a identificação de estruturas finas anteriormente invisíveis. Isso é fundamental para aprimorar a previsão de eventos solares extremos, protegendo a infraestrutura terrestre, como satélites, redes de energia e sistemas de comunicação.

Eventos solares podem ter impactos severos na tecnologia terrestre. Um exemplo histórico ocorreu em 1989, quando uma tempestade geomagnética causou um apagão de nove horas em Quebec, afetando milhões de pessoas. Eventos mais intensos podem resultar em bilhões ou trilhões de dólares em danos. A capacidade de estudar alças coronais em detalhe oferece uma compreensão mais profunda da arquitetura magnética do Sol e pode levar a uma mudança no foco da comunidade científica para a identificação de cada detalhe na coroa solar.

Pesquisas futuras da equipe do NSO se concentrarão na fotosfera, cromosfera e coroa externa, visando desvendar os mecanismos de geração do campo magnético solar e o transporte de energia. A observação em comprimentos de onda específicos, como o H-alfa, abre novas fronteiras para a modelagem de surtos solares e a previsão de fenômenos meteorológicos espaciais perigosos.

Fontes

  • La opinion de Murcia

  • Inouye Solar Telescope delivers record-breaking images of solar flare and coronal loops

  • Strong Solar Flare Erupts from Sun

  • Unveiling Unprecedented Fine Structure in Coronal Flare Loops with the DKIST

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