A NASA está prestes a lançar a missão Interstellar Mapping and Acceleration Probe (IMAP) em 23 de setembro de 2025, a partir do Kennedy Space Center, na Flórida. Esta missão internacional, liderada pela Universidade de Princeton e gerenciada pelo Applied Physics Laboratory da Universidade Johns Hopkins, tem como objetivo principal desvendar os mistérios da heliosfera – a vasta bolha protetora criada pelo vento solar que envolve nosso sistema solar.
A heliosfera, descrita como um escudo contra a radiação cósmica galáctica, é fundamental para a existência da vida na Terra. Peter Wurz, co-investigador da Universidade de Berna, na Suíça, que contribui com hardware para os instrumentos IMAP-Lo e IMAP-Hi, enfatiza seu papel crucial na filtragem da maior parte dessa radiação nociva. A missão conta com a colaboração de 27 instituições em seis países, incluindo a Universidade de Berna, o Imperial College London e o Centro de Pesquisa Espacial da Academia Polonesa de Ciências.
A IMAP será posicionada no Ponto de Lagrange 1 (L1), a aproximadamente 1,5 milhão de quilômetros da Terra em direção ao Sol. Essa localização estratégica permitirá o monitoramento contínuo do vento solar e da radiação cósmica, além de ser vital para a compreensão da dinâmica da heliopausa, a fronteira onde o vento solar encontra o espaço interestelar.
Os dados coletados pela IMAP serão essenciais para a previsão do clima espacial. Eventos como erupções solares e ejeções de massa coronal podem causar tempestades geomagnéticas que afetam diretamente tecnologias terrestres, como sistemas de comunicação via rádio, GPS, satélites e redes de energia elétrica. A capacidade de monitorar e prever esses eventos é crucial para mitigar seus impactos e garantir a segurança de nossas infraestruturas tecnológicas e futuras explorações espaciais.
A missão IMAP não apenas expandirá nossa compreensão sobre os processos físicos que moldam o sistema solar, mas também reforça a importância da colaboração científica global. Os resultados esperados prometem oferecer insights valiosos para a ciência espacial e para a proteção de nossa sociedade, cada vez mais dependente da tecnologia.