A segunda erupção de classe X de 4 de novembro de 2025 na terceira região ativa além da borda sudeste do disco solar. Crédito da imagem: NASA/GOES-19/SUVI.
Atividade Solar Recorde: Segunda Poderosa Explosão de Classe X1.1 em Rápida Sucessão
Autor: Uliana S.
A atividade solar atingiu um novo patamar de intensidade, surpreendendo a comunidade científica e os observadores do clima espacial com uma sucessão de eventos de alta energia. Em um intervalo de tempo notavelmente curto, de apenas 4,5 horas após uma poderosa explosão inicial de classe X1.8, o Sol desencadeou uma segunda erupção significativa, classificada como X1.1. O pico desta segunda manifestação eruptiva, que demonstrou uma força considerável, foi precisamente registrado no dia 4 de novembro, às 22:04 UTC. A ocorrência de duas explosões de tamanha magnitude, ambas pertencentes à categoria X (a mais forte), em uma sequência tão rápida é considerada um fenômeno extremamente incomum, marcando um evento único e de grande relevância, pelo menos, no contexto do ano em curso.
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O que tornou este evento particularmente intrigante e digno de nota foi a identificação da origem exata da explosão. Descobriu-se que a fonte emanava de uma terceira região ativa, até então completamente desconhecida e que estava estrategicamente escondida atrás do limbo sudeste do disco solar. Este posicionamento, fora da linha de visão direta, significa que a erupção se deu no lado oposto do Sol, voltado para longe do nosso planeta. Consequentemente, a ejeção de massa coronal associada não representa uma ameaça direta de impacto geomagnético para a Terra, o que é um fator tranquilizador para os sistemas de comunicação e redes elétricas.
No entanto, a mera existência e a rápida formação deste terceiro centro, capaz de gerar explosões tão potentes em um curto espaço de tempo, impõem aos cientistas a necessidade urgente de recalibrar a avaliação atual da dinâmica e da intensidade da atividade solar. Se, inicialmente, o surto de atividade poderia ter sido interpretado como um evento isolado ou casual, a repetição e a identificação desta nova fonte sugerem que estamos diante de um processo sistêmico e de natureza duradoura. A presença simultânea de múltiplas regiões ativas, distribuídas em diferentes hemisférios solares, é um indicador inequívoco do aumento da atividade geral da nossa estrela.
Este padrão sugere que o Sol está entrando em uma fase de maior efervescência, sinalizando uma aceleração no seu ciclo natural. A comunidade astronômica está, portanto, em estado de alerta e grande expectativa. Os especialistas aguardam ansiosamente o momento em que esta nova e poderosa região, atualmente oculta, irá girar e se tornar plenamente visível a partir da perspectiva terrestre nos próximos dias. A observação detalhada desta área permitirá não apenas um estudo aprofundado de sua morfologia e dinâmica, mas também fornecerá dados cruciais para aprimorar os modelos de previsão de clima espacial, essenciais para a proteção de satélites e infraestruturas tecnológicas globais.
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