China Estabelece Novo Recorde Mundial em Campo Magnético, Impulsionando Fusão Nuclear e Exploração Espacial

Editado por: Vera Mo

Em um avanço científico sem precedentes, pesquisadores chineses estabeleceram um novo recorde mundial ao gerar um campo magnético estável de 35,1 teslas. Esta conquista monumental, realizada com um ímã totalmente supercondutor, promete acelerar a comercialização de instrumentos científicos sofisticados e fornecer um impulso vital para áreas de ponta como a energia de fusão nuclear e a exploração aeroespacial. O feito foi possível graças a uma colaboração entre o Instituto de Física de Plasmas da Academia Chinesa de Ciências (ASIPP), o Centro Internacional de Supercondutividade Aplicada de Hefei, a Rede Nacional de Laboratórios de Sincrotron da China e a Universidade de Tsinghua. O campo magnético gerado é aproximadamente 700.000 vezes mais forte que o campo geomagnético da Terra, superando o recorde anterior de 32,35 teslas.

A equipe superou desafios complexos, incluindo a gestão de concentrações de tensão e efeitos de blindagem de corrente em condições extremas de baixíssima temperatura e campos magnéticos intensos, resultando em maior estabilidade mecânica e desempenho eletromagnético. O Instituto de Física de Plasmas da Academia Chinesa de Ciências (ASIPP) é um centro de pesquisa líder na China, dedicado à energia de fusão e física de plasmas, fundado em setembro de 1978. O ASIPP tem sido fundamental no desenvolvimento de tecnologias de fusão, incluindo a construção de tokamaks como o HT-7 e o EAST, e é um contribuinte chave para o projeto ITER, fornecendo componentes essenciais como condutores supercondutores e bobinas de correção.

A Universidade Tsinghua, localizada em Pequim, é uma das universidades mais prestigiadas da China, conhecida por sua excelência em ciência e engenharia, desempenhando um papel importante em pesquisas de ponta e colaborações científicas. Essa capacidade de gerar campos magnéticos ultra-altos é crucial para a pesquisa em fusão nuclear, onde ímãs supercondutores potentes são essenciais para confinar o plasma superaquecido em "gaiolas magnéticas".

Além da fusão, a tecnologia de campos magnéticos ultra-altos abre novas fronteiras para a propulsão eletromagnética em sistemas aeroespaciais, prometendo viagens espaciais mais eficientes. O avanço também oferece suporte para sistemas de levitação magnética (maglev), aprimorando o transporte, e para o desenvolvimento de cabos supercondutores que minimizam a perda de energia na transmissão elétrica. Essa conquista representa um salto significativo na tecnologia de ímãs supercondutores, solidificando a liderança da China em pesquisa de campo ultra-alto e abrindo caminhos para aplicações industriais e científicas revolucionárias.

Fontes

  • europa press

  • China's all-superconducting magnet hits world-record steady field, boosts aerospace electromagnetic propulsion - Global Times

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