Uma missão arqueológica egípcio-francesa anunciou descobertas significativas no complexo do templo de Ramesseum, na margem oeste de Luxor. Escavações desenterraram a primeira evidência física de uma "Casa da Vida", uma antiga escola dentro do templo, juntamente com informações sobre as funções econômicas e administrativas do templo.
A "Casa da Vida" revelou esboços de estudantes, brinquedos educativos e ferramentas de aprendizado, confirmando o papel do Ramesseum como um centro de aprendizado. A equipe, composta por especialistas do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França e da Universidade de Sorbonne, tem trabalhado no Ramesseum desde 1991.
Descobertas adicionais incluem câmaras do Terceiro Período Intermediário contendo sarcófagos, vasos canópicos e mais de quatrocentas figuras ushabti. Salas de armazenamento na seção nordeste do templo continham restos de carne, mel e vinho, destacando o papel econômico do templo na região.
Os trabalhos de restauração foram concluídos no setor sul do templo, do salão hipostilo ao santuário. Os arqueólogos também limparam os tetos norte e sul, revelando artefatos do Terceiro Período Intermediário. A missão restaurou os desenhos originais da fachada do salão do trono e do salão das aparições. Uma estátua do deus Anúbis, encontrada em frente a uma pequena capela, também foi restaurada. Essas descobertas lançam luz sobre as funções administrativas e econômicas do templo, além de seu significado religioso.