Uma nova pesquisa publicada na revista Physical Review Letters em 12 de setembro de 2025, sugere uma probabilidade de mais de 90% de testemunharmos a explosão de um buraco negro na próxima década. Esta descoberta, liderada pelo astrofísico Cosimo Bambi, desafia a crença anterior de que tais eventos são extremamente raros, ocorrendo talvez uma vez a cada 100.000 anos. A equipe da UMass Amherst propõe que essas explosões podem ser significativamente mais frequentes, potencialmente detectáveis a cada 10 anos.
A nova análise da UMass Amherst introduz a hipótese de que buracos negros primordiais (PBHs), formados nos primeiros momentos após o Big Bang, podem ter vidas úteis mais curtas do que os buracos negros clássicos. Os pesquisadores exploram um modelo "dark-QED toy model", que incorpora uma versão hipotética e pesada do elétron, denominada "elétron escuro". Esta hipótese sugere que PBHs com uma pequena carga elétrica escura poderiam ser temporariamente estabilizados antes de sua explosão final.
Se essa explosão ocorrer, ela liberaria todas as partículas fundamentais do universo, desde elétrons e nêutrons conhecidos até candidatos a matéria escura ainda não descobertos. O astrofísico Joaquim Iguaz Juan, da UMass Amherst, destacou o impacto potencial: "Tal explosão forneceria um registro definitivo de todas as partículas no universo. A física seria completamente transformada, permitindo-nos reescrever a história do universo".
Os observatórios atuais de raios gama, como HAWC e LHAASO, possuem a capacidade de capturar esses eventos. A observação confirmaria a existência de PBHs e forneceria a primeira evidência direta da radiação Hawking. A equipe da UMass Amherst, incluindo o professor assistente Michael Baker e a professora assistente Andrea Thamm, enfatiza que, embora a ocorrência exata não possa ser garantida, a preparação é crucial, pois a tecnologia para observar esses eventos já existe.