Um espetáculo cósmico raro e impressionante ocorreu em 1º de setembro de 2025, quando uma "tempestade solar canibal" atingiu o campo magnético da Terra. Este evento, alimentado por uma poderosa erupção solar e a fusão de duas ejeções de massa coronal (CMEs) originadas da mancha solar 4204, proporcionou exibições de auroras em uma extensão notável de 18 estados dos Estados Unidos.
A tempestade geomagnética alcançou o nível G2 (moderado), com projeções indicando a possibilidade de intensificação para G3 (forte) ou até G4 (severo). A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), através de seu Centro de Previsão de Clima Espacial, emitiu alertas, guiando entusiastas e o público sobre as oportunidades de observação das auroras. A visibilidade dessas luzes dançantes se estendeu muito mais ao sul do que o usual, alcançando estados como Alasca, Montana, Dakota do Norte, Minnesota, Wisconsin, Michigan, Maine, Dakota do Sul, Vermont, New Hampshire, Idaho, Washington, Oregon, Nova York, Wyoming, Iowa, Nebraska e Illinois.
Este aumento na atividade solar ocorre em um período em que o máximo solar, o pico do ciclo de 11 anos do Sol, se aproxima do fim. Essa fase é caracterizada por uma instabilidade magnética solar contínua, que pode gerar eventos como este. A ciência por trás desse fenômeno envolve a liberação de partículas carregadas e campos magnéticos da coroa solar. Quando essas partículas interagem com a atmosfera terrestre, excitam moléculas de gás, resultando nas deslumbrantes auroras.
Eventos de clima espacial como este, embora espetaculares, servem como um lembrete da interconexão entre as atividades solares e a tecnologia terrestre. Tempestades solares podem induzir correntes em redes elétricas, afetar operações de satélites e interferir em sistemas de comunicação e navegação. A NOAA monitora ativamente esses fenômenos para fornecer alertas precoces e mitigar potenciais impactos em infraestruturas críticas. A robustez dos sistemas tecnológicos e o monitoramento contínuo do espaço são essenciais para garantir a resiliência diante desses eventos naturais poderosos. A capacidade de observar auroras em latitudes tão baixas é um testemunho da força da tempestade e da beleza inerente aos processos cósmicos que moldam nosso ambiente.