Uma tempestade geomagnética significativa, classificada como G3 (forte), está prevista para atingir a Terra entre 1 e 2 de setembro de 2025. Este evento cósmico é uma consequência direta de uma poderosa ejeção de massa coronal (CME) originada no Sol, especificamente da região ativa AR 4199. O Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA emitiu um alerta, indicando que um fluxo de vento solar está a caminho do nosso planeta.
Inicialmente, os impactos esperados apontavam para uma tempestade G2 (moderada). No entanto, análises atualizadas sugerem que a parte final do fluxo de vento solar pode intensificar o fenômeno para um nível G3. Essa elevação na intensidade tem o potencial de gerar exibições de auroras visíveis em latitudes mais baixas do que o usual, oferecendo um espetáculo celeste para regiões que normalmente não as observam. Relatos indicam que auroras podem ser vistas em estados como Oregon, Illinois e Nova York nos EUA, e até mesmo em partes da Europa, como o Reino Unido.
Os sistemas tecnológicos podem experimentar perturbações. Há a possibilidade de interferência em comunicações de rádio, mau funcionamento de satélites e instabilidade em redes de energia elétrica. Embora preocupante, a intensidade prevista não representa um evento extremo (G5), como o evento Carrington de 1859. No entanto, tempestades G3 podem causar erros intermitentes em sistemas de GPS e navegação por satélite, além de afetar comunicações de rádio de alta frequência.
A CME responsável por este alerta foi gerada em 30 de agosto de 2025, após um surto solar de classe M2.7 associado à região ativa AR 4199. Esta região, uma grande mancha solar voltada para a Terra, foi a fonte dessa atividade solar energética. O vento solar, um fluxo de plasma e campos magnéticos, geralmente leva de 48 a 72 horas para alcançar a Terra. Especialistas observaram a possibilidade de um evento de "CME canibal", onde uma CME mais rápida ultrapassa uma mais lenta, aumentando a energia e a imprevisibilidade da tempestade solar resultante.
A atividade solar está atualmente próxima do pico de seu ciclo de 11 anos, o que significa que eventos como este podem se tornar mais frequentes. O Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA monitora ativamente esses eventos, emitindo alertas e observações para informar o público e os setores críticos. A ciência por trás desses fenômenos nos ajuda a entender a dinâmica do nosso Sol e a nos prepararmos para os impactos em nossa tecnologia e vida cotidiana, lembrando-nos da constante interação entre nosso planeta e sua estrela.