A Espanha enfrenta uma prolongada e intensa onda de calor, com temperaturas a atingir os 42°C em 15 comunidades autónomas. Granada registou a temperatura mais elevada, com 40,9°C, e muitas regiões sofrem com noites tropicais, onde as temperaturas mínimas permanecem acima dos 23°C. Esta onda de calor, que começou a 3 de agosto, deverá prolongar-se até, pelo menos, 13 de agosto de 2025, sendo a mais longa do verão. Um sistema de alta pressão de origem africana é o principal responsável por estas condições extremas em toda a península.
As autoridades emitiram alertas de saúde, com mais de metade do país em risco médio a máximo. O Ministério da Saúde aconselha a população a tomar precauções, como manter-se hidratada, evitar atividades extenuantes durante as horas de maior calor e procurar ambientes frescos. A possibilidade de trovoadas secas em algumas áreas aumenta o risco de incêndios florestais, uma preocupação crescente em todo o país. Em julho de 2025, registaram-se 1.060 mortes atribuídas a altas temperaturas, um aumento de 57% em relação ao ano anterior e de 54,5% comparado a julho de 2023. Este ano, já foram contabilizadas 3.255 mortes relacionadas com o calor, superando o total de 2.534 do ano anterior. O calor extremo é um risco significativo para o turismo em Espanha, com alertas a serem emitidos para proteger os visitantes. A combinação de altas temperaturas e condições secas cria um cenário propício para a rápida propagação de incêndios florestais. Em 2023, Espanha registou 8.352 mortes relacionadas com o calor, o segundo maior número na Europa. As autoridades de saúde e especialistas em incêndios emitiram avisos tanto para os perigos para a saúde como para o risco de incêndios florestais. As noites quentes, com temperaturas mínimas a rondar os 25°C em cidades como Sevilha e Córdoba, oferecem pouco alívio e contribuem para os riscos associados a esta onda de calor prolongada. A situação exige uma atenção redobrada para a proteção da saúde pública e a prevenção de incêndios.