Previsão de Inverno 2025/2026 na Europa: A Influência de La Niña

A Europa prepara-se para um inverno 2025/2026 potencialmente influenciado pelas condições de La Niña. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) estima uma probabilidade crescente de La Niña se estabelecer a partir de setembro, com projeções de 55% entre setembro e novembro e 60% entre outubro e dezembro. Apesar de La Niña geralmente trazer temperaturas mais frias, a OMM salienta que as temperaturas globais deverão manter-se acima da média, refletindo o contexto das alterações climáticas induzidas pelo homem.

As previsões para a queda de neve na Europa apresentam divergências entre os principais centros de meteorologia. O Centro Europeu de Previsão do Tempo de Médio Prazo (ECMWF) sugere uma quantidade de neve abaixo da média para a maior parte do continente, com exceções notáveis para a Escandinávia e partes do Reino Unido, que poderão experienciar precipitação de neve acima do normal. Novembro é previsto como um mês com menos neve em geral, embora as zonas de maior altitude na Escandinávia possam receber mais. Dezembro poderá manter esta tendência, com potencial para maiores acumulações de neve em partes do centro dos Balcãs, sul do Reino Unido e algumas áreas da Escandinávia.

Por outro lado, o modelo do Met Office do Reino Unido (UKMO), conhecido por prever condições mais amenas, antecipa uma quantidade de neve substancialmente menor do que o normal para a maior parte da Europa, excetuando o extremo norte do continente. Este modelo aponta para um inverno mais brando em geral.

Investigações adicionais indicam que as condições de La Niña podem influenciar a Oscilação do Atlântico Norte (NAO). Uma anomalia fria no Pacífico Central, associada a La Niña, tende a gerar um padrão semelhante a uma NAO positiva. Isto pode resultar num jato polar mais forte e numa maior atividade de tempestades no Atlântico e na Europa Ocidental, trazendo consigo condições mais amenas, húmidas e ventosas.

Contudo, a influência de La Niña na Europa não é direta nem uniforme, sendo modulada por outros fatores climáticos. É importante notar que, embora La Niña possa trazer um padrão de inverno mais frio e com mais neve para certas regiões, como a Escandinávia e o Reino Unido, o contexto geral das alterações climáticas globais continua a ser um fator dominante, mantendo as temperaturas médias elevadas. A complexidade das interações entre La Niña e outros sistemas climáticos, como a NAO, sublinha a importância de consultar diversas fontes de previsão para obter uma imagem completa do clima esperado.