A atividade solar tem vindo a intensificar-se, com projeções a indicar que as condições de tempestade geomagnética persistirão e poderão agravar-se nas próximas 48 horas. Este fenómeno é impulsionado por ejeções de massa coronal (CMEs) resultantes de recentes erupções solares que interagem com a magnetosfera terrestre, provocando exibições de auroras visíveis em latitudes mais baixas do que o habitual. O atual Ciclo Solar 25, que começou em dezembro de 2019 e se estenderá até cerca de 2030, está a aproximar-se do seu máximo, o que explica o aumento na frequência e intensidade destes eventos solares. O máximo solar, que ocorre aproximadamente a cada 11 anos, é caracterizado por uma inversão dos polos magnéticos do Sol e um aumento significativo no número de manchas solares, que são a origem de erupções e CMEs.
A NASA e a NOAA monitorizam de perto estas atividades para prever o clima espacial. As erupções solares, classificadas em categorias como A, B, C, M e X (sendo X a mais intensa), podem libertar vastas quantidades de radiação e partículas. Erupções de classe X, como as registadas em maio de 2025 (X1.2 e X2.7), podem causar interrupções nas comunicações de rádio de alta frequência, afetar sistemas de navegação GPS e representar riscos para satélites e missões espaciais. Em maio de 2024, uma tempestade geomagnética de nível G4 foi observada, sendo considerada um evento raro e potencialmente histórico. Estes eventos podem causar flutuações na rede elétrica, afetar operações de satélites e até mesmo influenciar o comportamento de animais migratórios. A visibilidade das auroras em latitudes mais baixas é um dos efeitos mais espetaculares, com relatos de auroras visíveis em locais como Portugal e Espanha em maio de 2024. As cores das auroras dependem dos gases atmosféricos e da altitude das colisões de partículas, com o verde e o vermelho associados ao oxigénio e o azul/roxo ao nitrogénio. A missão Parker Solar Probe investiga o clima espacial diretamente na sua origem. A intensificação da atividade solar é um lembrete da dinâmica do nosso Sol e da sua influência no nosso planeta, exigindo vigilância contínua e preparação para mitigar potenciais impactos tecnológicos.