Cientistas detectaram um aumento significativo na atividade solar nas últimas 48 horas, com múltiplas erupções de moderada a forte intensidade originadas na superfície do Sol. Esses eventos solares, incluindo ejeções de massa coronal (CMEs), estão sob monitoramento rigoroso devido ao seu potencial de afetar comunicações via satélite e sistemas de navegação globais. Embora os efeitos diretos na atmosfera terrestre sejam geralmente mínimos, o aumento da radiação representa um risco para astronautas em órbita, podendo causar doença da radiação e danos celulares. A Terra é protegida por seu campo magnético, mas essa proteção diminui em altitudes mais elevadas, como as da Estação Espacial Internacional (ISS), que possui compartimentos com blindagem reforçada para refúgio dos astronautas durante tempestades solares intensas.
As tempestades geomagnéticas resultantes dessas erupções podem causar interrupções generalizadas em redes de energia e transmissões de rádio. Em 2006, uma forte tempestade solar comprometeu receptores GPS globais devido à interferência de rajadas de rádio solares. Para satélites, as consequências variam desde degradação temporária do sinal até falhas permanentes de hardware, com partículas de alta energia corrompendo dados ou acionando comandos não intencionais. O aquecimento da atmosfera superior da Terra aumenta o arrasto em satélites em órbita terrestre baixa (LEO), acelerando a decadência orbital. A Agência Espacial Europeia (ESA), a NASA e a NOAA, através do seu Centro de Previsão do Tempo Espacial (SWPC), monitoram esses eventos e emitem alertas para indústrias relevantes. A atividade solar opera em um ciclo de aproximadamente 11 anos, com picos de atividade que podem durar vários anos, sendo que o atual ciclo solar, o Ciclo Solar 25, tem apresentado atividade superior à esperada, com o pico previsto para meados ou final de 2024, estendendo-se até 2025.